Após um 2017 de estabilidade nas exportações de tabaco, o
Brasil deve registrar aumento de 10% nos embarques este ano. Essa é a tendência
apontada pela pesquisa da PricewaterHouseCoopers, encomendada pelo Sindicato
Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco). A expectativa é que a
exportação de tabaco aumente de 10% a 15% em volume e de 15% a 20% em dólares.
Os dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio Exterior (MDIC) apontaram um crescimento já no primeiro trimestre. Até
o momento, em todo o País, foram embarcadas 107,1 mil toneladas, que geraram
divisas de US$ 482,9 milhões, montante 73% maior em volume e 90% maior em
dólares em comparação ao mesmo período de 2017.
Segundo o presidente do SindiTabaco, Iro Schünke, o crescimento
pode ser explicado pelo tamanho das safras. “Esse aumento já era esperado uma
vez que é resultado direto dos estoques provenientes da safra 2016/17, quando
foram produzidas 686 mil toneladas, que foi maior que a safra anterior que
resultou em 540 mil toneladas”, comentou o dirigente.
Os principais destinos até o momento foram Bélgica, Estados Unidos,
Indonésia, Rússia e Alemanha. Considerando somente a Região Sul, grande
produtora de tabaco, foram 105,8 mil toneladas e US$ 465,3 milhões exportados,
sendo 78% destinado pelo porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
No ano passado, o setor completou 25 anos consecutivos na liderança do ranking mundial de
exportações de tabaco, período em que foram vendidos para o exterior 462 mil toneladas,
movimentando US$ 2,09 bilhões. O Brasil é responsável por cerca de 30% das
exportações mundiais de tabaco.
O produto representou 1% no total das
exportações brasileiras de 2017 e 9,2% dos embarques do Rio Grande do Sul, que segue sendo o estado que mais exporta tabaco (78% do total
embarcado), com divisas que ultrapassaram US$ 1,63 bilhão no ano passado. Em
2017, o tabaco em folha foi exportado para 94 países, sendo oito responsáveis
por mais de 60% do montante embarcado:
Bélgica (US$ 342 milhões), China (US$ 276 milhões), Estados Unidos (US$
198 milhões), Itália (US$ 120 milhões), Indonésia (US$ 105 milhões), Alemanha
(US$ 92 milhões), Rússia (US$ 80 milhões) e Coreia do Sul (US$ 61 milhões).
Na produção, o Brasil manteve a
segunda posição do ranking mundial, atrás somente da China. Na
safra 2016/2017 foram produzidas 686 mil toneladas, que renderam mais de R$
6,09 bilhões de receita aos produtores e R$ 13,9 bilhões em impostos. Os 150
mil produtores brasileiros cultivaram 299 mil hectares com tabaco em 566
municípios. No País, são 600 mil pessoas envolvidas na produção rural e 40 mil
empregos diretos nas indústrias.
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