As exportações brasileiras
para o Japão no ano passado alcançaram mais de US$ 4,8 bilhões, tornando o país um importante parceiro comercial, ocupando atualmente o
sexto lugar entre os compradores de produtos do Brasil, segundo o
MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).
Consumidor destacado de minérios de ferro, carne de frango congelada, milho em
grão, soja e celulose, o país vem sendo “foco” do TCP
(Terminal de Contêineres de Paranaguá) junto a FIEP (Federação das
Indústrias do Estado do Paraná), e alguns representantes de indústrias
de alimentos e farmacêuticas, além de cooperativas, universidades e
empresários, com objetivo de trocar experiências e atrair investimentos
para o Paraná.
O diretor Superintendente Comercial da TCP, Juarez Moraes e Silva (foto), disse que no Estado 10% da carne
congelada exportada via Terminal de Contêineres de Paranaguá têm como
destino o país asiático. “A aproximação com a indústria e o governo
local é de suma importância para atrair novos investimentos para o
Paraná, ampliar possíveis parcerias comerciais e fortalecer as parcerias
já existentes”, afirmou.
O terminal participa da missão
brasileira no Japão, apresentando o case do TCP e tem como
proposta conhecer e avaliar inovações e tecnologias que, eventualmente,
poderiam ser trazidas para o Estado.
“Todos têm um objetivo em comum que
é fortalecer os negócios com empresários daquele país e atrair mais
investimentos e novas tecnologias para o Paraná”, explicou o executivo. ressaltando que o
objetivo é também mostrar como o terminal atua em parceria com a
ferrovia, “sendo o único terminal na sua área de influência a ter a
integração do porto com a ferrovia”.
Para Juarez o Japão tem uma
das melhores tecnologias de transporte do mundo “e nós temos o objetivo
de conhecer a infraestrutura portuária e ferroviária para trocar um
pouco de experiências”.
A comitiva conta com a presença de
representantes da Cotriguaçu Cooperativa Central, uma das principais
exportadoras de carnes paranaenses que representa 30% de toda
movimentação de carnes no TCP.
Além dela, o grupo conta com a presença
da Terra Rica (Indústria de Calcário e Fertilizante de Solo), que é
responsável por 28% da produção nacional de fécula e que utiliza a TCP
como canal para exportação; e a Cooperativa Agrária Agroindustrial, da
região de Guarapuava, produtora de mate e cevada.Também participam
representantes da ANTT (Agência Nacional Transportes Terrestres) e da
Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná).
“Do
ponto de vista da economia, ao trazer novos investimentos para o
Estado, criamos um círculo virtuoso: quanto mais negócios realizados,
maior a demanda por produtos paranaenses, mais mão de obra contratada e
toda a cadeia produtiva é beneficiada”, ressaltou Silva.
Promovida
todos os anos, as Missões Econômicas e de Amizade Brasil – Japão – que
está em sua 43ªedição – tem como principal objetivo motivar empresas que
detém alta capacidade de investimento e tecnologias de ponta em
ferrovias integradas à operação portuária no Paraná, seja na operação do
granel ou na operação de contêineres. De acordo com Silva o TCP
considera que tem muitos interesses parecidos com os do país.
“Queremos
conhecer e avaliar inovações e tecnologias que, eventualmente, poderiam
ser trazidas para o Estado. Eles possuem tecnologia de ponta e, assim
como o Terminal de Contêineres de Paranaguá, têm experiência na
utilização a integração intermodal com o uso de ferrovias”, revelou Moraes e Silva.
Já
com algumas parcerias concretas, Juarez contou que além de ser um
importante importador de produtos brasileiros, o país também é
responsável pelo fornecimento de produtos para a nossa indústria. “Esperamos que novas parcerias sejam firmadas a partir de
contatos que estamos fazendo durante esse período de visitas”, salientou.
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