A manobra do dique flutuante Comandante
Cristóvão, que deixou o estaleiro Zeimar em Itajaí, na última semana,
rumo ao Rio de Janeiro (RJ), virou pivô de um problema institucional no
Complexo Portuário do Norte Catarinense.
A embarcação, que por lei deveria ter sido manobrada pela Praticagem,
passou pelo canal de acesso sem prático a bordo e sem comunicar a
movimentação à Atalaia, estrutura de onde é feito o controle dos navios
que passam pelo canal _ o que atenta contra as normas de segurança de
navegação.
Além da exigência legal, a Marinha reconhece que é temerário abrir
mão da prático. É o profissional que conhece as particularidades do
canal e consegue, assim, evitar incidentes que poderiam, inclusive,
inviabilizar os portos de Itajaí e Navegantes, como um encalhe.
A Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí informou que havia
autorizado a manobra do dique, mas não recebeu informação de que a
estrutura seria operada sem a presença do prático. A Capitania recebeu
um ofício da Praticagem e está apurando o caso.
O operador, que não quis comentar o caso, poderá ser
responsabilizado, com punições que vão de multa à perda de certificado
de navegação.
Esta não foi a primeira manobra registrada no Complexo Portuário do
Itajaí-açu sem prático. Em fevereiro ocorreu situação semelhante com
duas balsas, também oficiada à Marinha pela Praticagem, que se mostra
preocupada com a reincidência
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