O governo da Jordânia anunciou a retomada da compra de gado vivo
brasileiro. A decisão foi divulgada num encontro bilateral, durante a 84ª
Reunião Sessão Geral da Assembleia de Delegados da Organização Mundial de Saúde
Animal (OIE), que ocorre em Paris (França) até sexta-feira (27). O delegado jordaniano
Munther Al-Refai comunicou o fim do embargo ao diretor do Departamento de Saúde
Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme
Marques, que representa o Brasil na reunião de delegados da OIE.
A Jordânia suspendeu as exportações de gado no início deste ano,
quando o Brasil registrou casos de língua azul em ovinos no Rio Grande do Sul.
Essa doença é causada por um vírus transmitido pelo chamado “mosquito pólvora”.
Em bovinos, os principais sintomas são perda de peso, queda na produção
leiteira, aborto e perda de bezerros por má formação. Nenhum caso de língua
azul em bovinos foi registrado no país.
Segundo Guilherme Marques, as ocorrências da doença no Brasil
são esporádicas e restritas em pequenos grupos de ovinos e veados e nunca foi
diagnosticada em bovinos. “É uma doença de notificação obrigatória e combatida
pelo Mapa por meio da vigilância agropecuária e controle de importação de
ruminantes e material genético.”
Para reabrir o mercado, o Mapa forneceu uma série de informações
sobre a situação epidemiológica da doença ao governo da Jordânia e enviou ao
país uma equipe de veterinários para prestar esclarecimentos detalhados.
O país é um dos principais mercados importadores de gado
brasileiro. De 2011 a 2014, mais de 90 mil animais foram comprados pela
Jordânia.
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