A Presidência da República confirmou na noite dessa quinta-feira
(19), o nome de Pedro Parente como o novo presidente da Petrobras.
Parente aceitou o cargo em reunião com o presidente em exercício Michel
Temer (PMDB) e substituirá Aldemir Bendine.
Ex-presidente do Banco do Brasil, Bendine assumiu o cargo em
fevereiro do ano passado em meio ao escândalo de corrupção envolvendo a
estatal - investigada na Operação Lava Jato - como uma alternativa para
recuperar a imagem da companhia. Bendine já havia sido avisado por Temer
que deixaria o cargo na semana passada e deve participar de um processo
de transição com Parente.
O novo presidente da Petrobras é atualmente presidente do conselho
de administração da BM&FBovespa. Ele iniciou a carreira no setor
público no Banco do Brasil, em 1971. Dois anos depois, foi transferido
para o Banco Central (BC). Parente foi ainda consultor do Fundo
Monetário Internacional (FMI) e de instituições públicas brasileiras,
bem como da Assembleia Nacional Constituinte, em 1988.
Ele foi ministro durante todo o segundo mandato do ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso (1999-2002). No governo FHC, atuou como chefe
da Casa Civil até 2001, quando assumiu o cargo batizado de "ministro do
apagão", para coordenar a equipe temporária que cuidou das ações do
governo contra a crise de energia que atingiu o País naquele ano.
Já como ministro do Planejamento, Parente coordenou ainda, em 2002,
a equipe de Transição entre o governo FHC e o do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. Após deixar o governo, de 2003 até 2009 foi
vice-presidente Executivo (COO) do Grupo RBS. De janeiro de 2010 a abril
de 2014 presidiu a Bunge Brasil e ainda o conselho da União da
Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) entre 2011 e 2014.
Além de ser presidente do conselho da BM&FBovespa, Parente é
membro dos conselhos da SBR-Global e do Grupo ABC, do qual é presidente,
além de ser sócio-diretor do grupo de empresas Prada de consultoria e
assessoria financeira.
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