Superávit das transações correntes é de US$ 855 milhões em março, revertendo rombo de abril

          As transações correntes, depois de um rombo de US$ 855 milhões em março, contabilizaram um superávit de US$ 412 milhões em abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira (24), pelo Banco Central (foto). O resultado ficou melhor que as expectativas colhidas pelo AE Projeções, que iam de déficit de US$ 1,860 bilhão a déficit de US$ 200 milhões.
         A balança comercial registrou um saldo positivo de US$ 4,647 bilhões enquanto que a conta de serviços ficou negativa em US$ 2,521 bilhões. A conta de renda primária também ficou deficitária em US$ 1,933 bilhão. No acumulado do ano, o déficit nas contas externas somou US$ 7,166 bilhões, enquanto que no acumulado dos últimos 12 meses, até abril deste ano, o saldo das transações correntes ficou negativo em US$ 34,107 bilhões, o que representa 1,97% do Produto Interno Bruto (PIB).
         A última projeção feita pelo BC, apresentada em março, apontou que o déficit em conta corrente em 2016 deve ficar em US$ 25 bilhões. A remessa de lucros e dividendos de companhias instaladas no Brasil para suas matrizes foi de US$ 574 milhões em abril, segundo dados do Banco Central. A saída líquida ficou abaixo dos US$ 2,358 bilhões que foram enviados, já descontados ingressos, em igual mês do ano passado.
         No acumulado do ano, a saída líquida de recursos via remessa de lucros e dividendos alcançou US$ 4,760 bilhões. O resultado é inferior ao registrado em igual período do ano passado, quando as remessas foram de US$ 5,027 bilhões. Possivelmente, essa redução reflete a crise pela qual passa o País.
         O BC informou também que as despesas com juros externos somaram US$ 1,388 bilhão em abril ante US$ 1,419 bilhão em igual mês do ano passado. No ano até abril, essas despesas alcançaram US$ 7,176 bilhões, valor levemente menor que os US$ 8,480 bilhões de igual período do ano passado.
         A conta de viagens internacionais registrou déficit em abril. No mês passado, a diferença entre o que os brasileiros gastaram lá fora e o que os estrangeiros desembolsaram no Brasil deixou um saldo negativo de US$ 602 milhões. É verdade, porém, que o ritmo diminuiu já que em igual mês do ano passado, o déficit nessa conta era de US$ 1,200 bilhão.
         O desempenho da conta de viagens internacionais foi determinado por despesas de brasileiros no exterior, que somaram US$ 1,076 bilhão em abril. Já o gasto dos estrangeiros em passeio pelo Brasil ficou em US$ 475 milhões no mês passado. No acumulado do ano até abril, o saldo líquido dessa conta ficou negativo em US$ 1,728 bilhão. Em igual período do ano passado, esse valor era de US$ 4,795 bilhões.