As projeções fazem parte de pesquisa feita todas as semanas pelo Banco Central (BC) a instituições financeiras. A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, foi mantida em 7%. Para 2017, a projeção foi reduzida de 5,62% para 5,50%, no sexto ajuste consecutivo.
As estimativas estão acima do centro da meta de 4,5%. O limite
superior da meta de inflação é 6,5%, este ano e 6%, em 2017. É função do
Banco Centra fazer com que a inflação fique dentro da meta. Um dos
instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e,
consequentemente, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic.
Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a
Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos
preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a
poupança. Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o
crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a
medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa
básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta
estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A projeção das instituições financeiras para a Selic, ao final de
2016, foi mantida em 13% ao ano. Para o fim de 2017, a expectativa
passou de 11,75% para 11,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 14,25%
ao ano.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas
para a inflação medida Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna
(IGP-DI), que passou de 7,03% para 7,10%, em 2016. Para o Índice Geral
de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi ajustada 7,35% para 7,34%,
este ano.
A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor
da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) passou de
7,04% para 7,14%, em 2016. A projeção para a cotação do dólar segue em
R$ 3,70, ao fim deste ano, e em R$ 3,90, no fim de 2017.
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