As bolsas da Ásia e do
Pacífico fecharam sem direção única nesta segunda-feira (23), com
algumas pressionadas pela fraqueza recente do petróleo, por incertezas
sobre a perspectiva dos juros nos EUA e pela falta de medidas concretas
numa reunião do grupo dos sete países mais industrializados (G-7) na
cidade japonesa de Sendai. Os mercados chineses, no entanto, encerraram o
dia no azul.
Ações do setor de energia ficaram pressionadas na
região asiática e na Austrália, onde fica o principal mercado da
Oceania, após o petróleo encerrar a sessão de sexta-feira em queda e se
manter fraco nos negócios de hoje. No Japão, o índice Nikkei caiu
0,49%, a 16.654,60 pontos, em parte influenciado por uma queda de 2,2%
na petrolífera Inpex. Em Sydney (foto), o australiano S&P/ASX 200 teve
perda de 0,6%, a 5.318,90 pontos, pressionado por um recuo de 2% nos
papéis de energia.
O apetite por risco na Ásia também foi
comprometido por especulação sobre quando o Federal Reserve (Fed, o
banco central dos EUA) poderá voltar a elevar juros, após dirigentes do
Fed sugerirem na semana passada que há chances de o ajuste ocorrer em
junho. Além disso, ministros de finanças e presidentes de bancos
centrais do G-7 se reuniram neste fim de semana, mas não tomaram
qualquer iniciativa concreta no sentido de coordenar suas políticas
fiscais.
Outro fator negativo para o mercado em Tóquio foi o
iene, que se valorizou ante o dólar durante a madrugada após o Japão
divulgar superávit comercial maior que o esperado em abril. O Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, também ficou no vermelho, com baixa de 0,22%, a 19.809,03 pontos.
Por
outro lado, o Xangai Composto, principal índice acionário da China,
subiu 0,6%, a 2.843,65 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen
Composto avançou 1,5%, a 1.820,99 pontos. Pequenos mercados da
Ásia também mostraram desempenho positivo. Foi o caso do índice
sul-coreano Kospi, que teve ganho de 0,39% em Seul, a 1.955,25 pontos,
do filipino PSEi, que subiu 0,10% em Manila, a 7.306,69 pontos, e do
Taiex, que saltou 2,6% em Taiwan, impulsionado por ações de tecnologia.
As grandes
mineradoras anglo-australianas, no entanto, foram influenciadas por uma
forte queda de 5,4 nos futuros de minério de ferro negociados na bolsa
chinesa de commodities de Dalian. A BHP Billiton e a Rio Tinto caíram
2,6% e 2,3%, respectivamente, no mercado de Sydney.
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