As sete economias mais ricas do mundo reafirmaram neste fim de semana a promessa de
evitar desvalorizar suas moedas para obter vantagens competitivas. O
compromisso foi firmado no final da reunião do G7 e divulgada, em
comunicado, pelo ministério das finanças do Japão.
Os ministros das finanças e presidentes de bancos centrais do
grupo, que reúne as sete economias mais industrializadas do mundo,
"reafirmaram a existência no G7 de acordos cambiais, incluindo a não
busca por alvos", informava o comunicado.
Durante os dois dias de encontro dos líderes na cidade de Sendai no
Japão, os membros sublinharam a importância de todos os países evitarem
a desvalorização competitiva, segundo o documento. O grupo, contudo,
concordou que "o excesso de volatilidade e movimentos desordenados do
câmbio podem trazer implicações adversas para a estabilidade econômica e
financeira".
O G7 sinalizou ainda, segundo o comunicado, a cautela em relação a
uma economia mundial moderada, dizendo que "incertezas em relação às
perspectivas mundiais têm crescido". O grupo também destacou que observa
riscos na expansão mundial, o que inclui "o choque da potencial saída
do Reino Unido da União Europeia".
No final da reunião dos líderes, que teve início na
quinta-feira (19), o presidente do Banco do Japão (BoJ), Haruhiko
Kuroda, reiterou que os bancos centrais das sete nações que compõem o G7
concordaram em orientar suas políticas monetárias de maneira
"consistente".
"Falando sobre política monetária, eu acredito que nós confirmamos
que deve ser consistente com o mandato dos bancos centrais e continuará a
suportar as atividades econômicas e estabilidade de preços", disse
Kuroda, em coletiva de imprensa junto com o Ministro das Finanças Taro
Aso (foto).
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