segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Embarque de bois por Itaqui é adiado e mostra que operação é complicada

         O embarque de bovinos, no Porto do Itaqui (MA), previsto para começar na madrugada desta segunda-feira (16) foi adiado, desagradando à exportadora Minerva, que paga ao navio Adelta, que fará o transporte para a Venezuela, multa de US$ 25 mil por cada dia que permanece afundeado na Baía de São Marcos. 
         Apesar de ter sido apontada como uma alternativa rápida para o bloqueio dos  portos do Pará para esse tipo de operação, a opção pelo Maranhão (será a primeira operação desse tipo em Itaqui) não parece tão simples e exige uma estrutura muito grande: são 250 carretas para levar 5 mil reses do Pará para São Luís, envolvendo dezenas de trabalhadores.
         É necessário, ainda, um cronograma de embarque no navio que evite riscos. Além das questões operacionais, o embarque desse tipo exige fiscalização do Ministério da Agricultura, Receita Federal, Receita Estadual, Marinha, ou seja, é muita burocracia para ser desenrolada em tão pouco tempo. 
         Os embarques de bois no Pará foram proibidos depois do desastre ocorrido no Porto de Vila do Conde, onde um navio, igual ao Adelta, naufragou e milhares de animais morreram afogados. Com a proibição do Governo Paraense, os fazendeiros recorreram ao Governo do Maranhão e este aceitou fazer o transporte, até porque pretende se tornar porta definitiva de saída de bois em pé para outros países.

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