O ganho de competitividade do Brasil nos
mercados globais de soja e milho deve levar o Terlogs, terminal marítimo
de grãos em São Francisco do Sul (SC), a registrar elevação de 15% no
volume total movimentado das duas commodities este ano. A empresa,
controlada pela trading japonesa Marubeni, prevê fechar 2015 com o
embarque de 3,93 milhões de toneladas, ante as 3,43 milhões do ano
passado.
A desvalorização do real em relação ao dólar nos últimos
meses deixou os grãos brasileiros mais baratos que os americanos, e
assim parte importante da demanda global foi redirecionada para cá. Com
as exportações locais mais atraentes, o Terlogs acabou beneficiado. A
empresa espera encerrar o ano com o encaminhamento de cerca de 2,5
milhões de toneladas de soja e 1,5 milhão de milho ao exterior - o
equivalente a 53% do total escoado pelo porto catarinense, a sendo a
maioria vinda do Paraná.
"Para 2016, um ajuste de sintonia fina
na operação poderá elevar a movimentação de 5% a 10%", disse ao Valor
José Kfuri, presidente e CEO do Terlogs. O salto não será maior,
enfatizou o executivo, devido a um "estrangulamento" do porto.
Quarto
mais importante no embarque de grãos no país, o porto de São Francisco
do Sul opera com apenas um berço (local de atracação de navios) para
cargas a granel, o "101", que serve a três terminais graneleiros, entre
eles o da Terlogs. Mas há algumas semanas o governo decidiu atender a
uma antiga reivindicação do setor e licitar um novo berço, o "401",
dando vazão ao potencial represado de movimentação.
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