O ministro da Secretaria Especial de Portos
(SEP), Helder Barbalho, advertiu que os terminais de grãos da Ponta da
Praia, em Santos, serão obrigados a implantar tecnologia avançada para
impedir a poluição e o consequente risco à saúde da população vizinha. A declaração foi feita na sede da
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, durante reunião com empresários de exportação e importação e representantes do setor logístico.
“Há um acordo feito para que a operadora faça
investimento em tecnologia de ponta, com modalidade de operação que não
mais permita a emissão de grãos no entorno da operação portuária", disse o ministro. A
união entre a Prefeitura e o Governo Federal garante a fiscalização”, explicou Barbalho.
A questão também foi debatida por Barbalho no encontro
que teve, ainda na sede da Fiesp, com o prefeito de Santos, Paulo
Alexandre Barbosa (PSDB). O chefe do Executivo municipal ratificou a
posição da Cidade, contrária ao funcionamento desses terminais. A
Prefeitura, inclusive, ingressou com ação judicial, que está em curso,
para tentar impedir a atividade.
“Reforçamos aqui as nossas
preocupações com o impacto da operação de grãos e há um compromisso do
ministro de, até o início do próximo mês, apresentar a cronologia das
intervenções que serão feitas na Ponta da Praia, para minimizar esses
impactos", revelou o prefeito. A Cidade quer acompanhar, fiscalizar e tomar suas posições em
relação ao que será feito”, acrescentou ele.
Segundo o
ministro, a empresa que já opera grãos nas proximidades do bairro já foi
avisada para que, o quanto antes, sejam mitigados os problemas gerados.
Ele disse, porém, que o contrato para a renovação do arrendamento, em
andamento, prevê várias melhorias. Barbosa ressalvou, contudo, que a Prefeitura manterá o processo na Justiça,
independentemente das questões administrativas que possam surgir. “A
nossa posição é contrária à forma como se encontra. O ministro se
comprometeu a apresentar as exigências, porque até então o arrendatário
dizia que o contrato estava na fase final e portanto os investimentos
apontados não eram possíveis de serem feitos.
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