A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) do
governo dos EUA vai propor nesta segunda-feira (30) inspeções
obrigatórias e, se necessário, a substituição de peças em quase 1,6 mil
jatos, para evitar potenciais acidentes. As medidas, que afetam algumas
aeronaves da Embraer e da Boeing, são incomuns, já que visam defeitos
específicos.
A maior parte dos sistemas em jatos comerciais têm backups, ou
seja, um defeito em um único item geralmente não leva a acidentes. A
FAA, no entanto, afirma nas medidas que devem ser publicadas nesta
segunda-feira que o mal funcionamento de determinado componente pode
colocar em risco a segurança do voo. As autoridades, no entanto, ainda
não determinaram reparos imediatos, o que significa que os riscos no
caso dessas aeronaves não são iminentes.
No caso do Boeing 737, o governo dos EUA quer que os operadores
desses jatos verifiquem se há corrosão de partes do estabilizador
horizontal, que fica na cauda da aeronave. Cerca de 1,4 mil unidades
estão na lista, começando com a versão 737-600 e seguindo por uma série
de atualizações posteriores.
Já no caso da Embraer, a FAA quer inspecionar 197 unidades dos
modelos 170 e 190. Segundo a agência, algumas válvulas defeituosas podem
rachar e resultar em uma parada nos dois motores dessas aeronaves
durante o voo.
As companhias aéreas dos EUA devem ter um prazo de três meses para
realizar essas inspeções. Tanto a Boeing como a Embraer já haviam
alertado para esses problemas antes. No ano passado, as autoridades
brasileiras determinaram o reparo de alguns defeitos, mas não incluíram
certas versões do Embraer 170 na lista. Os documentos da FAA não citam nenhum acidente causado por esses supostos defeitos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário