Maior complexo da América Latina, o Porto de Santos acaba por ter uma
bagagem pesada e grandes responsabilidades quando o assunto são
investimentos, principalmente no que se refere a infraestrutura.
“Entendemos que alguns investimentos são prioritários no Porto de
Santos, principalmente para a solução dos problemas de acesso, que
engloba a chegada e saída de mercadorias por todos os tipos de modais,
como rodovias, ferrovias e aquavias”. É o que afirma o CEO da Embraport,
Ernst Schulze.
Segundo ele, o terminal está trabalhando neste sentido, principalmente
após o início das operações do ramal ferroviário, que acabou de ser
concluído. “Atualmente, a ferrovia responde por apenas 2% das cargas
conteneirizadas que chegam ao Porto de Santos. A meta da Embraport é
que, no longo prazo, os trens respondam por até 10% das cargas”, relata,
destacando, porém, que para que o transporte de cargas seja
impulsionado, a estrutura ferroviária precisa ser melhorada.
“Também são
necessários mais investimentos nas rodovias de acesso ao porto para
minimizar eventuais congestionamentos de caminhões”, destaca. Nesse sentido, os investimentos anunciados pelo governo a partir do novo
pacote de concessões pode ser um start para que essas ações sejam
implementadas. Na opinião de Schulze, a expectativa é que esses
investimentos tragam modernidade, competividade e progresso a um setor
carente de investimentos em infraestrutura. Além de também ajudar no
quesito competitividade.
“Esperamos que sim. Porém, é importante que os
investimentos não sejam direcionados apenas às áreas dentro dos portos,
mas sim que sejam acompanhados de investimentos complementares, como por
exemplo, nas vias de acesso ao porto, dragagem, Meio Ambiente e
eventuais impactos nas comunidades do entorno”, acrescenta o executivo.
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