A ministra da Agricultura e Pecuária, Káti Abreu, defendeu, em reunião nesta quarta-feira (18) com o ministro da Agricultura
da China, Han Changfu, em Pequim, a necessidade de o Mercosul e o país asiático avançarem
em um acordo de preferências tarifárias.
Kátia está em missão oficial à capital chinesa, onde anunciou a
habilitação de sete novas plantas frigoríficas para exportação de carnes
bovina, suína e de aves para o país asiático. A China é última nação visitada pela delegação
brasileira na viagem à Ásia, que antes passou pela Arábia Saudita,
Emirados Árabes e Índia.
“Precisamos avançar em um acordo de preferências tarifárias.
Hoje a corrente de comércio entre Brasil e China soma US$ 78 bilhões e
poderemos chegar a US$ 100 bilhões rapidamente. Um acordo entre nossos países
seria um grande acontecimento”, afirmou Kátia ao ministro chinês, que
manifestou apoio à iniciativa.
Segundo a ministra, o Uruguai – que assumirá a presidência do
Mercosul em dezembro – já demonstrou interesse em propor a criação de um grupo
de trabalho para dar início às discussões sobre o tema. A Organização Mundial
do Comércio (OMC) permite que países em desenvolvimento concedam preferências
tarifárias entre si, a chamada “cláusula de habilitação”.
Além de reduzir tarifas, comentou Kátia, os países precisam
harmonizar regras e procedimentos. “As tarifas podem chegar a zero, mas
continua sendo muito importante convergirmos regras no sentido de facilitar e
sintonizar nossa burocracia”, assinalou a ministra.
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