A presidente Dilma Rousseff reafirmou nesta segunda-feira (16) que o
ministro da Fazenda, Joaquim Levy, "fica onde está" e classificou os
rumores sobre a permanência dele do governo como "nocivos". Ao ser
questionada se concordava com as avaliações do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva de que o ministro deveria deixar o cargo, ela não
escondeu que há diferenças.
"Eu não só gosto muito do presidente Lula,
como o respeito. Mas não concordamos e não temos de concordar com todas
as avaliações. "Após a participação na reunião de cúpula das 20 maiores economias
do mundo, o G-20, Dilma negou que tenha intenções de retirar Levy do
governo. "Eu considero o ministro Levy sobretudo um grande servidor
público. Ele tem compromisso com o país, com a estabilidade do país",
disse.
"Acho extremamente nocivas as especulações quanto ao ministro que
me obrigam a, de forma sistemática, reforçar que o ministro fica onde
está", assegurou a presidente. "Não tenho de concordar em tudo", ressalvou, referindo-se às pessoas de que disse "gostar imensamente." "Até porque, nós somos adultos, e cada
um tem uma forma de encarar a realidade", explicou. Apesar de reconhecer as
diferenças, Dilma destacou que "no geral" concorda com Lula na maioria dos
temas.
Com a acusação de que Levy usa um remédio muito amargo para a
economia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é quem estaria
liderando a pressão contra o ministro. Lula defendeu a diversos interlocutores que a solução seria o
substituir por Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central.
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