Os investidores estrangeiros seguem interessados no Brasil e os
fundos de private equity, que compram participação em empresas, têm US$
15 bilhões para o país, afirmou o diretor
executivo do Bradesco, Renato Ejnisman. Em meio ao cenário de recessão e
aumento da incerteza, esse investidor está retraído, mas o executivo
avaliou que, uma vez que o cenário melhore, esse aplicador volta
"rapidamente".
Em 2015, uma das áreas de mais atividades de negócios do Bradesco
BBI foi com fusões e aquisições, disse ele. "Temos várias empresas
colocando ativos à venda." Ejnisman ressalvou que, além dos private
equities, existem investidores estratégicos olhando o Brasil, mas o
momento ainda é de redução de exposição ao país, por conta da incerteza.
Um dos movimentos que têm ocorrido com estrangeiros é seguir fazendo
investimentos no Brasil, mas em operações menores que no passado.
"Você tem o investidor vendo muita incerteza no ambiente", destacou Ejnisman. Com isso, não consegue enxergar perspectivas futuras
para avaliar se os preços no Brasil estão baratos e se já é hora de
reforçar o aporte no país", comentou. Uma das provas do interesse no Brasil é o
evento que o Bradesco BBI faz nesta quinta-feira e sexta-feira em Nova
Iorque, que atraiu mais de 200 investidores institucionais dos Estados
Unidos, Europa e Ásia e reuniu 68 empresas, revelou o executivo.
Segundo Ejnisman,
há estrangeiros interessados nas hidrelétricas que devem ser leiloadas
na próxima semana. Já o mercado de emissões externas "secou", declarou. "No
ano passado, as companhias brasileiras emitiram US$ 45 bilhões e este
ano o volume está em US$ 7 bilhões. Muitas empresas têm
procurado alternativas mais baratas à emissão de papéis no exterior", explicou o diretor do Bradesco.
Nenhum comentário:
Postar um comentário