O ministro dos Portos, Helder Barbalho,
afirmou nesta segunda-feira (16) que o Brasil utiliza apenas 63% da sua
capacidade portuária. Segundo ele, entre portos públicos e
privados, o país tem capacidade instalada para movimentar 1,4 bilhão de
toneladas ao ano, sendo que, no ano passado, o Brasil movimentou 900
milhões de toneladas.
Barbalho participa de audiência pública na
Comissão de Infraestrutura do Senado, em Brasília, que também conta com a
presença do titular da Aviação Civil, Eliseu Padilha, além de
representantes do Ministério dos Transportes e do Ibama.
Conforme
Barbalho, no início de dezembro a pasta irá lançar uma nova edição do
Plano Nacional de Logística Portuária, que deverá servir como um "norte"
para o segmento, a partir de prognósticos sobre oferta e demanda nos
portos do país.
Para melhorar o desempenho do setor, Barbalho
defendeu a necessidade de investimentos em infraestrutura e gestão.
Entre as apostas do governo na área está a nova fase do Plano de
Investimento em Logística (PIL), lançada pela presidente Dilma Rousseff
em junho, e que também prevê investimentos em aeroportos, ferrovias e
rodovias, por meio da concessão à iniciativa privada.
No
final do mês passado, o governo publicou os primeiros editais de
concessões portuárias. Os documentos se referem aos arrendamentos de
três áreas no Porto de Santos (SP) e uma no Porto de Vila do Conde (PA),
com os quais o governo espera arrecadar cerca de R$ 1 bilhão.
O
leilão de terminais portuários está marcado para o dia 9 de dezembro
deste ano, na sede da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa).
Podem participar empresas nacionais e estrangerias. As vencedoras terão o
direito de explorar os terminais pelo prazo de 25 anos.
Em
Santos, dois terminais são destinados a celulose, com previsão de
movimentar 3,6 milhões de toneladas. O terceiro é voltado para grãos e
deverá movimentar 6,5 milhões de toneladas. O investimento previsto para
essas áreas é de cerca de R$ 640 milhões. No Pará, o terminal é
destinado a grãos, com investimento previsto de R$ 501 milhões e
capacidade de movimentação de 5 milhões de toneladas.
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