A preocupação com o aumento dos subsídios agrícolas fez parte do
discurso da presidente Dilma Rousseff no almoço de abertura da reunião
de cúpula das 20 maiores economias do mundo, o G-20, em Antália, Turquia. Ela também cobrou dos países responsabilidades diferenciadas nas
metas para o clima e sugeriu que economias ricas tenham maiores
responsabilidades e apoiem nações em desenvolvimento.
Dilma alertou que o atual cenário econômico -
desaceleração de algumas economias importantes e os preços mais baixos
das commodities - pode levar alguns países a adotarem medidas
protecionistas. Como negociadores brasileiros têm sinalizado nas últimas
semanas, a presidente demonstrou preocupação com a possibilidade de que a
queda do preço das matérias-primas aumente a concessão de subsídios,
especialmente os agrícolas.
Apesar da preocupação com subsídios a alguns setores do campo,
Dilma ressaltou a importância de se proteger pequenos produtores nos
países mais pobres. A presidente lembrou que são esses produtores que
respondem pela maior da oferta de alimentos no mundo.
Fora da economia, Dilma expressou o desejo de que o mundo
alcance um acordo justo e, ao mesmo tempo, ambicioso e duradouro na
conferência sobre o clima, a COP, que será realizada nos próximos dias
em Paris. Ao lembrar que o Brasil tem avanços nesse tema, a presidente
defendeu que países devem ter responsabilidades comuns nas metas para
redução da emissão de carbono, mas defendeu que haja referências
"diferenciadas".
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