O Porto de Santos, apesar da pior
crise econômica da história do Brasil e com uma movimentação de cargas
5,1% menor, manteve a liderança na movimentação de
contêineres na América Latina e no Caribe no ano passado. Os dados foram revelados
pelo levantamento sobre esse tipo de operação portuária no subcontinente
realizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(Cepal) e divulgado no início da semana, em Santiago, no Chile.
A
Cepal – unidade da Organização das Nações Unidas (ONU) criada para
incentivar a cooperação econômica entre os países da América Latina e o
Caribe – organiza essa pesquisa desde 1999, a partir de dados coletados
com autoridades portuárias e terminais. Segundo
o levantamento, Santos operou 3.393.593 teus no último ano, ficando em
primeiro. Foi a mesma colocação obtida em 2015, quando movimentou 3.645.448 teus.
Os dados registrados pela Companhia Docas do Estado de São Paulo
(Codesp, a Autoridade Portuária santista) ainda apontaram resultados
maiores, com 3,56 milhões de teus em 2016 e 3,77 milhões de teus no
exercício anterior. Em seguida, na relação da Cepal, estão os complexos panamenhos de Colón (3,25 milhões de teus) e Balboa (2,98 milhões de teus). Considerando
os 20 maiores portos, o Brasil também está representado por Navegantes
(o terminal privado Portonave, em Santa Catarina), que ficou em 16º ,
com 895.375 teus, e Paranaguá (Paraná), em 20o, com 725.041 teus.
No
geral, o movimento de contêineres na América Latina e no Caribe caiu
0,9% no ano passado, chegando a 47,5 milhões de teus. Santos também
registrou queda, consequência da crise econômica que afetou o comércio
exterior brasileiro. Pelos números da Cepal, ela foi de 7%. Os dados da
Codesp apontam uma redução de 5,72%. Essa
diminuição, segundo a unidade da ONU, mostra “a contínua desaceleração
do comércio exterior na região”, movimento capitaneado por Brasil (com
queda de 4,4% na atividade portuária) e Panamá (-9,1%).
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