O Presidente do Sindaport, Everandy Cirino, é também vice-presidente da
Federação Nacional dos Portuários, presidida por Eduardo Guterra já há
algumas gestões. Mas, já há muitos anos, tanto
Estivadores de Santos como também, os sindicatos de avulsos tradicionais
de Santos, não tem com as suas respectivas federações, Federação
Nacional da Estiva e FENCCVIB, uma relação política muito próxima ou
alinhada politicamente, havendo discordâncias mútuas de muitos anos.
Com relação específica,
a F.N.P de Guterra, algumas divergências se
acentuaram, principalmente, quando os Sindicatos Portuários, que
representavam na sua maioria empregados de Cias. Docas passaram a ter
maioria absoluta de representados avulsos, vinculados ao OGMO.
Nos últimos meses, cresceram as
reclamações dos Sindicatos Portuários, principalmente dos avulsos, que
os presidentes das Federações, se reuniam em Brasília com autoridades do
Governo Federal da área portuária, sem a presença dos dirigentes dos
Sindicatos.
Até mesmo reunião em Brasília com a
presença de Sérgio Aquino, que tem posicionamentos sempre divergentes dos
Sindicatos de Santos, a referida reunião não pode ter a presença dos dirigentes dos Sindicatos Portuários de Santos.
Os sete Sindicatos Portuários de Santos,
com exceção do Sindicato dos Vigias, aceitaram participar de uma reunião
conjunta, sobre o assunto criação de nova Federação Nacional de
Portuários.
Especificamente para o presidente do
Sindaport, durante a noite, houve uma tentativa de fazer contato via
telefone que não aconteceu. Foi feito contato com o vice presidente do
Sindicato, que colocou a disposição as dependências do Sindaport para a
referida reunião, fato posteriormente comunicado para o presidente
Cirino.
No entanto, no meio do caminho, houve uma
mudança de estratégia, transformando o que seria uma reunião conjunta
preparatória dos Sindicatos, para uma Assembleia Geral conjunta com
todas as categorias portuárias.
Antes do inicio da Assembleia, uma
reunião entre os presidentes, Ney da Estiva, Miro do Sintraport e Cirino
do Sindaport, ficou decidida uma proposta conjunta, que o
encaminhamento para a assembleia seria de uma “pedra fundamental de
lançamento” e um protocolo de intenções.
Sendo a seguir, as propostas levadas para
cada Sindicato, para serem debatidas junto as diretorias e assembleias gerais de cada sindicato, para as deliberações de cada categoria
especificamente, ficando claro, que a assembleia realizada nesta data,
não dava como consumado ainda o fato para o Sindaport.
Na opinião do presidente do
Sindaport, Everandy Cirino, antes da criação de uma nova Federação
Nacional, entendia ser possível discutir primeiro, a fusão entre as três federações hoje já existentes.
A maioria dos demais dirigentes não
concordou com esta ideia do presidente Cirino, pois entendem eles, que
os atuais dirigentes das três federações não iriam abrir mão dos seus
respectivos cargos, e também, na década de 50, já houve uma federação
única unificada que já deixava a desejar e os resultados não foram
positivos.
Portanto, diante do esclarecimento dos
fatos, totalmente inverídica a informação, de que o Sindaport já estaria
filiado a esta nova Federação Nacional de Portuários.
No entanto, fatalmente, pelo que vem
acontecendo, ainda que, sem a presença formal do Sindaport, pois entende
Cirino, que a sua categoria em assembleia poderá rejeitar a entrada em
outra nova federação, ela deverá sim, vir a ser criada.
Mesmo que, também não façam a adesão
aqui em Santos, os sindicatos dos Conferentes, dos Consertadores, dos
Vigias, dos Arrumadores, esta nova Federação Nacional deve se tornar uma
realidade.
E, se isto de fato acontecer, Cirino
entende que, a F.N.P. Federação Nacional dos Portuários, presidida por
Eduardo Guterra, deveria voltar às origens de sua fundação,
representando apenas os Portuários empregados das Cias. Docas.
Finalizando, o presidente do Sindaport,
Everandy Cirino, afirma que, recebeu um documento assinado pelas três
Federações, chamado de “Manifesto Aprovado na Plenária de Recife, realizada no dia 10 de junho de 2017”, com o qual não concorda.
Antes de formalizar o citado documento,
que certamente acirrará ainda mais os ânimos, deveriam as três federações, ponderar sobre a reclamação de Sindicatos Portuários de
Santos, a não realização de uma Plenária Nacional Conjunta das três
Federações a ser realizada aqui em Santos, propiciando a abertura de
novos debates.
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