Em relatório referente ao primeiro trimestre de 2017, a empresa destacou que a alta no volume movimentado pelo porto superou o avanço registrado em todos os outros portos do Nordeste, que juntos registraram um crescimento de 20% na movimentação de contêineres.
O diretor superintendente da APM Terminals no Brasil, Ricardo Arten, avaliou que o Porto do Pecém "está na contramão da crise. É o porto brasileiro mais próximo dos Estados Unidos e da Europa, mercados consumidores da produção de frutas do Nordeste. Além disso, a sua localização também é importante para todas as rotas que chegam às Américas via Panamá, tendo potencial de hub para que os armadores distribuam as cargas com destino ao Norte e ao Nordeste do país", analisou.
Dentre os principais produtos movimentados através do Porto do Pecém, a APM Terminals destacaram-se as frutas, que registraram crescimento de 29% no primeiro trimestre de 2017 em comparação aos primeiros três meses do ano de 2016.
De acordo com balanço da Companhia de Integração Portuária do Ceará (Cearáportos), que administra o terminal, o melão foi a principal fruta movimentada pelo porto de janeiro a abril deste ano, totalizando 16,6 mil toneladas (t), seguido pela melancia (4,8 mil t) e manga (2,5 mil t). A principal origem das frutas exportadas é do Rio Grande do Norte (82%). Ceará (9%), Pernambuco (6%) e Bahia (3%) figuram em seguida. Os produtos escoados via Porto do Pecém, foram principalmente para a Holanda (39%), Grã-Bretanha (29%), Estados Unidos (11%) e Espanha (10%).
No ano passado, a APM Terminals movimentou 187 mil teus em contêineres pelo Pecém e espera que esse número cresça 18% neste ano. Com isso, ultrapassará os volumes de 2014 em 7%. A projeção realizada pela empresa considera estabilidade na safra de frutas para a exportação.
Em seu relatório, a APM Terminals avaliou ainda que o comércio exterior do Brasil vai demorar aproximadamente três anos para se recuperar aos níveis pré-crise. A empresa considera que, embora as importações tenham começado a melhorar de forma modesta as exportações, em particular de commodities, foram impactadas negativamente por falta de espaço nos navios e pela demanda fraca da Europa.
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