As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC)
reduziram a estimativa para a inflação este ano. A projeção para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA – a inflação oficial
do país – caiu de 3,56% para 3,47%. A informação consta no boletim
Focus, pesquisa semanal do BC, divulgada nesta segunda-feira, 27, que traz as projeções de instituições
para os principais indicadores econômicos.
A estimativa de inflação para 2021 se mantém em 3,75%. A previsão
para os anos seguintes também não teve alterações: 3,50% em 2022 e 2023. A projeção para 2020 está abaixo do centro da meta de inflação que
deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário
Nacional, é de 4% em 2020, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto
percentual para cima ou para baixo.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal
instrumento a taxa básica de juros, a Selic, atualmente definida em 4,5%
ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
De acordo com o boletim, a Selic deve cair para 4,25% ao ano até o
fim de 2020. Quando o Copom reduz a Selic, como espera o mercado
financeiro, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo
à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando
a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, o objetivo é conter a
demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais
altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Já a manutenção da
Selic indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes
para chegar à meta de inflação. Para 2021, a expectativa é que a taxa básica suba para 6,25%. Para
2022 e 2023, as instituições estimam que a Selic termine os períodos em
6,5% ao ano.
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