A Administração Geral de
Aduana da China (GACC, órgão responsável pela sanidade vegetal e animal)
publicou comunicado, em sua página oficial, nesta quinta-feira (22) que
autoriza a importação de melão do Brasil. Em novembro, o Brasil fechou acordo
com a China para viabilizar a exportação de melão. O acordo é simbólico por se
tratar do primeiro entendimento sobre frutas com o país asiático.
O governo brasileiro ainda não foi notificado oficialmente, mas a medida entrou
em vigor nesta quinta-feira. A China ainda irá publicar a lista de fazendas e estruturas de embalo para
exportação (packing houses) certificadas para a venda ao mercado chinês.
Técnicos da GACC inspecionaram fazendas produtoras de melão no Rio Grande do
Norte e no Ceará, entre os dias 12 e 17 de janeiro de 2020. Os estados são os
maiores produtores da fruta.
O objetivo da visita foi verificar as plantações nas áreas livres da mosca-da-fruta
nos estados. Os técnicos foram acompanhados de representantes do Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Agência de Defesa Agropecuária
do Estado do Ceará (Adagri) e do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do
Rio Grande do Norte.
A China é o maior mercado consumidor de melões no mundo - consome cerca de
metade da produção mundial, o equivalente a 17 milhões de toneladas em 2017. Se
o Brasil conquistar 1% do mercado chinês, o volume de exportações da fruta
deverá dobrar.
Em 2018, o Brasil exportou cerca de 200 mil toneladas de melão para diversos
países, como Estados Unidos, Chile, Argentina, Uruguai, Rússia e União
Europeia. A safra brasileira coincide com a entressafra na China.
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