Executivos da Oiltanking vão pagar R$ 143.735,60 à Comissão de
Valores Mobiliários (CVM) para evitar a abertura de um processo
sancionador sob a acusação de uso de informações privilegiadas na
negociação de papéis da Prumo Logística. Uma investigação foi aberta
pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários (SMI),
após a reclamação de um investidor no ano passado.
A denúncia apontou para o alto volume financeiro negociado antes da
publicação de fato relevante, pela Prumo, em 3 de junho do ano passado,
comunicando a assinatura de contrato para serviço de transbordo de
petróleo no Porto do Açu com a companhia BG Brasil, com acordo de "take
or pay" para utilização do terminal de petróleo por 20 anos. Durante as
investigações, a companhia publicou outro fato relevante comunicando a
aquisição de 20% do terminal de petróleo do Porto do Açu pela Oiltanking
GmbH.
A CVM detectou que Mauricio Zannin, então gerente de
Desenvolvimento de Negócios da Oiltanking Terminais Ltda., subsidiária
da Oiltanking GmbH, teve acesso a informações sigilosas sobre as
negociações mantidas entre a BG e a Prumo. Além dele, uma lista de
pessoas ligadas à Oiltanking e com suposto conhecimento de informações
relacionadas à aquisição e ao contrato assinado com a BG Brasil antes de
sua divulgação negociou ações da empresa antes da divulgação dos
negócios.
A lista incluía Mauricio Prudencio Tardio (diretor executivo da
Oiltanking), Bruno Sad da Silva (gerente comercial da empresa), Felipe
Costa Mattos Soares (coordenador de projetos da Oiltanking) e Ney
Diegues Pacheco (profissional liberal, cunhado de Bruno Sad da Silva). A
proposta inicial do grupo somava R$ 62 mil, mas a CVM determinou que
ela fosse majorada para aceitar o acordo financeiro.
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