O
diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo (foto),
reconheceu que o Brasil vive momento de turbulência e negou
divergências com o ministro de Relações Exteriores, José Serra. "Eu fico
perplexo com as notícias no sentido de colocar como se o ministro Serra
e eu estivéssemos em oposição. Não sei de onde vem isso, conversei com
ele, nem eu e nem ele entendemos isso", disse, depois de encontro com o presidente interino Michel Temer, em Brasília.
"Eu e ele (Serra) falamos
exatamente a mesma coisa: que o Brasil tem que procurar avançar nos
acordos comerciais", afirmou o dirigente, que é brasileiro. Ele garantiu que os dois "estão
perfeitamente afinados" e que marcaram um encontro para esta terça-feira.
No no início do mês, Serra havia questionado a legitimidade da OMC e disse que a
instituição enfrenta imobilismo, falhou em derrubar os subsídios e
barreiras sanitárias e fitossanitárias e ao apostar na Rodada Doha - o
que leva o Brasil a condicionar seu engajamento a avanços objetivos.
Para Azevêdo, a opinião de Serra não significa dizer que o Brasil vai
abandonar a OMC."O que ele disse é que em determinadas áreas, na área de abertura de mercados, a OMC não avançou muito, sobretudo, no contexto da Rodada de Doha. E é mais fácil avançar na abertura de mercado na área bilateral, por exemplo, do que multilateral e nós nunca discordamos",justificou Azevedo.
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