Os dois guindastes do tipo STS (Ship to
Shore) comprados pela APM Terminals no Porto de Pecém desembarcaram nesta semana. A companhia investiu R$ 100 milhões nos equipamentos, incluindo
empilhadeiras e terminal tractors. O Governo do Estado do Ceará, que
gerencia o Complexo Portuário de Pecém por meio da estatal Cearaportos,
investiu outros R$ 600 milhões em obras de ampliação de cais.
Adquiridos
para a movimentação de contêineres no terminal, os equipamentos – que
estão entre os maiores do Brasil – possuem aproximadamente 87 metros de
altura e 1.600 toneladas. Os guindastes, que operam simultaneamente dois
contêineres de 20 pés e um de 40 pés, têm capacidade de 65 toneladas
para contêineres e 100 toneladas para operar cargas especiais. Além
disso, eles têm 68 metros de lança, podendo alcançar até a 22ª fileira
de containers das embarcações.
O diretor superintendente da APM Terminals no Brasil, Ricardo Arten, disse que a ação torna o porto
nordestino um dos únicos do país capazes de operar navios de última
geração (Ultra-Large Containerships), com 400 metros de comprimento, 56
metros de largura, 15,2 metros de calado e podendo carregar até 18 mil teus.
“Pecém é o porto mais próximo de mercados consumidores como
os Estados Unidos, a Europa e o Norte da África. Sua localização também
é estratégica para todas as rotas provenientes da Ásia, o que o torna
também uma excelente opção para distribuição de mercadorias por meio da
cabotagem”, explicou.
“Além de elevarem o
escoamento da produção de frutas e mercadorias brasileiras, os novos
guindastes também oferecem uma operação mais eficiente aos armadores,
que passam a considerar Pecém uma alternativa de ganho de escala para a
importação, já que o porto opera sem restrições de navegabilidade,
podendo receber as maiores embarcações do mundo”, acrescentou.
Destacando
essa condição como uma aliada à profundidade natural de 18 metros e à
disponibilidade de equipamentos para a operação de grandes navios de
containers. “O principal diferencial de Pecém em relação à atual
infraestrutura portuária disponível no Brasil”, ressaltou Arten.
Segundo
Danilo Serpa, presidente da Cearáportos, os STS vão contribuir para o
aumento da movimentação do complexo que em breve começará a operar um
fluxo de saída e entrada de mercadorias mais eficiente.
“Além de
elevarem o escoamento da produção de frutas e mercadorias brasileiras,
os novos guindastes também oferecem uma operação mais eficiente aos
armadores, que passam a considerar Pecém uma alternativa de ganho de
escala para a importação, já que o porto opera sem restrições de
navegabilidade, podendo receber as maiores embarcações do mundo”, disse.
Arten
lembrou ainda que a expectativa é que, com a expansão do Canal do
Panamá, esses grandes navios sejam cada vez mais comuns em serviços que
atendem a América Latina.
Como
reflexo dos novos equipamentos em operação, a APM Terminals Pecém
espera incrementar os volumes em 20% neste ano, superando os 180,000
Teus movimentados em 2015. Para isso, o executivo destaca o trabalho na
atração de novas linhas e no desempenho dos guindastes para assegurar
que os índices de produtividade alcancem patamares de excelência global.
“A eficiência de um terminal é um fator decisivo para os armadores
definirem em qual porto irão operar. Por isso, selecionamos
criteriosamente 34 operadores para participarem de 130 horas de
treinamento nos guindastes. O objetivo é que a média de produtividade
por equipamento seja de 26 MPH (movimentos por hora) em 2016 e exceda os
35 MPH no próximo ano”, concluiu Arten.
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