A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 850
milhões na terceira semana de dezembro. De acordo com dados divulgados
pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
(Mdic), o valor foi resultado de exportações que somaram US$ 3,595 bilhões
no período, e de importações de US$ 2,745 bilhões.
Em dezembro, o superávit acumulado é de US$ 3,219 bilhões. Dessa
forma, o resultado no ano chegou a US$ 16,660 bilhões, acima da previsão
do governo, que esperava saldo comercial de US$ 15 bilhões neste ano.
Na terceira semana do mês, a média diária das exportações caiu
11,3% em relação à segunda semana (de US$ 810,7 milhões para US$ 719
milhões), puxada pela queda nas vendas de produtos básicos (-26,7%) e
semimanufaturados (-22,6%). Por outro lado, houve aumento de 12,5% nas
exportações de manufaturados nessa comparação.
Já a média diária das importações ficou 0,3% acima da segunda
semana do mês (de US$ 547,5 milhões para US$ 549,1 milhões),
principalmente pelo aumento nas compras de químicos orgânicos e
inorgânicos, adubos e fertilizantes, farmacêuticos e siderúrgicos.
Em dezembro, até a terceira semana, a média diária das exportações
(US$ 778 milhões) ficou 2,1% abaixo da média diária de dezembro de 2014
(US$ 795 milhões). Reflexo de queda nos embarques de semimanufaturados
(-3,7%) - com destaque para ferro fundido, ouro em forma
semimanufaturada, couros e peles e madeira serrada - e básicos (-7,8%) -
principalmente minério de ferro, café em grão, petróleo em bruto, carne
bovina e de frango. Já em manufaturados houve aumento de 5,9%, com
vendas maiores de tubos flexíveis de ferro e aço, motores e geradores
elétricos, etanol, tratores, automóveis de passageiros e aviões.
Em relação à média diária de novembro de 2015, houve aumento de
12,7%, nas três categorias: básicos (9,1%), semimanufaturados (9,2%) e
manufaturados (19%).Já nas importações, a média diária até a terceira semana de
dezembro, de US$ 548 milhões, foi 29,9% abaixo da média de dezembro do
ano passado (US$ 781,5 milhões), movimento que vem ocorrendo ao longo do
ano. Houve queda nos gastos com combustíveis e lubrificantes (-61,2%),
veículos automóveis e partes (-38,6%), equipamentos elétricos e
eletrônicos (-38%), produtos plásticos (-30%), equipamentos mecânicos
(-27,7%). Em relação a novembro de 2015, houve retração de 13,1%.
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