O
terminal Ponta do Félix, no Porto de Antonina (PR), especializado nas
operações de importação de fertilizantes, exportação de congelados e
açúcar ensacado, deu início à sua primeira operação de embarque de
grãos, em que serão exportadas 25 mil toneladas de farelo de soja. O
produto é 100% produzido e processado no Paraná e não é transgênico. Este
é o primeiro carregamento de farelo de soja pelo terminal de Antonina,
que estima exportar mais 450 mil toneladas ao longo de 2016 e com
previsão de crescimento para os anos seguintes.
A
modernização do Porto de Antonina foi fundamental para atrair novos
exportadores e permitir a movimentação de novos produtos. A dragagem,
por exemplo, é apontada pelos empresários que movimentam estas cargas
como fundamental para que as novas operações sejam realizadas pelo porto
da cidade. Em 2015, o porto retomou as exportações de açúcar e, agora,
passa a operar grãos.
Ao
todo, foram mais de R$ 70 milhões investidos pela Administração dos
Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) em modernizações nos terminais
Barão de Teffé e Ponta do Félix realizados ao longo dos últimos quatro
anos. Antes disso, o porto tinha passado por um período de 40 anos sem
investimentos públicos. Hoje, o Porto de Antonina consegue atrair
operações pela sua atracação rápida dos navios proporcionada pelo novo
calado.
“Conseguimos
aumentar o calado do canal, revitalizar o porto e devolver a
competitividade ao porto de Antonina. Isto beneficia não só economia
local, mas também de todo estado do Paraná. A obrigação da APPA é buscar
novas alternativas de movimentação de cargas para elevar a oferta de
serviços portuários no Paraná e com isso promover a concorrência”,
comenta o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino.
Para
o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, essa é
uma nova etapa para o crescimento dos Portos Paranaenses. "Paranaguá
acaba de ativar o quarto novo shiploader, batemos todos os recordes de
movimentação no Corredor de Exportação, e, agora, abrimos uma nova porta
para a exportação em Antonina. É importante ressaltar que o produto
movimentado em Antonina é totalmente produzido em solo paranaense",
finaliza Richa Filho.
As 25 mil toneladas deste carregamento foram produzidas,
colhidas e processadas no Paraná. O produto será exportado para a Europa
pela empresa paranaense Imcopa. Fundada em Ponta Grossa, em 1967,
posteriormente expandiu seus negócios para a cidade de Araucária,
construindo a maior fábrica de farelo de soja concentrado em larga
escala do mundo e a única da América Latina.
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