A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) abriu processo administrativo para investigar 21
empresas sob suspeita de formação de cartel em licitações da Petrobras. O
grupo teria fraudado, pelo menos, R$ 35 bilhões em obras em cinco
refinarias. Além das empreiteiras, 59 funcionários e ex-funcionários das
companhias serão investigados pelo órgão antitruste.
A lista inclui companhias denunciadas na Operação Lava Jato, cujos
documentos foram compartilhados com o Cade pela Polícia Federal e pelo
Ministério Público Federal do Paraná (MPF-PR). De acordo com a
Superintendência-Geral do órgão, o crime de cartel entre as empresas
teria se iniciado entre os anos de 1998 e 1999 - ainda no governo
Fernando Henrique Cardoso (PSDB) -, ganhando força especialmente a
partir de 2003, ano em que foi iniciado o primeiro governo Luiz Inácio
Lula da Silva (PT).
O Cade lista como participantes do suposto cartel Alusa Engenharia
(atualmente Alumini Engenharia), Carioca Christiani Nielsen Engenharia,
Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Odebrecht OAS, Queiroz Galvão,
Engevix, Galvão Engenharia, GDK, Iesa Óleo e Gás, Jaraguá Equipamentos
Industriais, Mendes Júnior, MPE Montagens e Projetos Especiais, Promon
Engenharia, Schahin Engenharia , Skanska Brasil, SOG Óleo e Gás, Techint
Engenharia, Tomé Engenharia e UTC.
O parecer do Cade para a abertura do processo afirma que "há
indícios robustos de que as empresas e pessoas físicas investigadas
teriam celebrado acordos com a finalidade de fixar preços, dividir
mercado e ajustar condições, vantagens ou abstenção em licitações de
montagem industrial da Petrobras".
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