Apesar dos esforços de empresas locais para reconquistar o mercado
externo, agora com o dólar a seu favor, as exportações de produtos
manufaturados vão cair pelo segundo ano seguido. De janeiro a novembro, o
valor da média diária exportada acumula retração de 8,9% em relação ao
ano passado. Foram US$ 65,3 bilhões vendidos fora do País, segundo a
Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
“A tendência para 2016 é continuar caindo”, diz José Augusto de
Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Já o déficit na balança comercial nesse segmento, que foi de US$ 109
bilhões em 2014, deve diminuir para US$ 82 bilhões, porque as
importações vão cair em ritmo ainda maior.
Ainda que o volume de produtos exportados aumente, os valores não
vão acompanhar o mesmo ritmo, uma vez que muitos dos clientes
brasileiros são da América do Sul, também enfrentam dificuldades
econômicas e negociam descontos.
No caso de veículos, as exportações cresceram 18,9% entre janeiro e
novembro no comparativo com igual período de 2014, para 369,4 mil
unidad.es. Em valores, contudo, houve queda de 10 1%, para US$ 9,6
bilhões. Para o sócio-diretor da GO Associados, Fabio Silveira, a
recuperação das exportações deve ocorrer, mas levará tempo.
“O Brasil
perdeu um pouco o pé no mercado internacional e há dificuldades em
reencontrar clientes.” O produto nacional só começou a ficar mais
competitivo a partir de agosto, quando o dólar atingiu cotação de R$
3,50. Outro fator negativo é a “queda cavalar da produção no mercado
interno”, que resulta em aumento de custos.“Produzir menos aumenta o
custo e inibe a competitividade,” disse ele
Nenhum comentário:
Postar um comentário