As hidrovias do Sudeste gaúcho, que
compreendem os tributários da Lagoa dos Patos (Jacuí, Taquari, Caí,
Sinos, Gravataí, Guaíba, Canal de São Gonçalo e Lagoa Mirim), têm uma
movimentação de carga que está estagnada, há 10 anos, em 5 milhões de
toneladas.
Atualmente, são 800 quilômetros de extensão, mas pode chegar a
1.190 quilômetros. Na costa oeste dos Estados Unidos, no estado de
Oregon, uma hidrovia de apenas 748 quilômetros, nos rios Columbia e
Snak, movimenta 12 milhões de toneladas/ano e projeta chegar a 33
milhões toneladas/ano.
Se o transporte fluvial é mais barato, menos
poluidor e mais seguro, a pergunta é por que os gaúchos não aproveitam
mais seus rios? Há uma grande expectativa com a criação de uma
associação de incentivo ao uso da hidrovia no Estado, mas, até agora,
ela não mostrou a que veio.
A Navegação Guarita deu bom exemplo ao
lançar um comboio que vai substituir 170 caminhões na viagem Porto
Alegre-Rio Grande. Quatro ou cinco barcaças dessas resolveriam os
problemas rodoviários do acesso das zonas de produção ao porto de mar,
diminuindo, inclusive, os acidentes e a poluição nas rodovias.
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