As exportações da América Latina e do Caribe apresentaram retração de 14% em
2015, segundo o relatório anual do BID (Banco Interamericano de
Desenvolvimento) “Estimaciones de las Tendencias Comerciales de América Latina y el Caribe 2016”.
Os principais responsáveis pela queda, segundo o documento, foram a
forte correção dos preços dos bens exportados e uma demanda enfraquecida
dos principais parceiros comerciais.
O relatório mostrou ainda que as exportações acumulam três anos
consecutivos de queda, a qual se acentuou e generalizou este ano,
afetando quase todos os países da região. Apenas dois países registraram
taxas de crescimento positivas, ainda que moderadas, enquanto na
maioria das economias a redução dos embarques ao exterior foi mais
severa que a do comércio mundial.
“A maior contração comercial desde o
colapso de 2009 é um alerta para a implementação de políticas de
diversificação das exportações”, afirma Paolo Giordano, Economista
Principal do Setor de Integração e Comércio e coordenador do estudo.
Os países exportadores de petróleo foram os mais atingidos pela redução
dos preços. Venezuela e Colômbia registraram as maiores taxas de
contração, seguidos por Bolívia, Equador e Trinidad e Tobago. El
Salvador e Guatemala foram os únicos dois países que aumentaram suas
exportações, graças a uma forte expansão dos embarques de açúcar à
China.
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