O vice-presidente do Conselho de Administração da Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Cesar
Prata, anunciou nesta terça-feira (15) em entrevista no Palácio do
Planalto, que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
Exterior, Armando Monteiro, comunicou que o governo vai fazer uma
moratória nos financiamentos concedidos pelo Bndes para empresas de bens
de capital. A medida tem por objetivo dar "um fôlego" para o setor.
"As tecnicalidades ainda estão sendo discutidas", declarou Prata ao
informar que os empresários pediram um ano de carência entre a
suspensão do pagamento e a sua volta. Ele informou que foi pedido que
quando os empresários voltassem a pagar os financiamentos, eles deveriam
ser feitos com base em juros mais realistas. Não disse, no entanto, que
taxas seriam essas e se o prazo de um ano foi atendido pelo Planalto.
O
governo não deu declarações sobre o tema e os sindicalistas comemoraram
a iniciativa, justificando que ela ajudaria a preservar os empregos. O
ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, que estava ao lado de Prata na
entrevista, não contestou nenhum dos dados anunciados por ele.
O anúncio desta medida foi feito depois de uma reunião da
presidente Dilma Rousseff, Rossetto, Jaques Wagner, da Casa Civil, e
Nelson Barbosa, do Planejamento com quase 30 empresários e
sindicalistas. Empresários e sindicalistas foram unânimes em reclamar da
interferência da política na economia, lembrando que isso paralisou o
País.
Ao justificar a necessidade de suspensão dos contratos em andamento
no Bndes, Prata disse que a situação econômica se agravou no País no
último ano, deixando as empresas completamente endividadas e sem
condições de cumprir seus compromissos. "Já tivemos um 2015 muito
complicado. Com isso poderíamos aliviar para 2016 porque esse tipo de
medida ajudaria na retomada da economia", comentou.
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