O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa
anualizada de 2,0% no terceiro trimestre, informou o Departamento do
Comércio nesta terça-feira (22). A terceira e última leitura do dado
ficou, assim, levemente abaixo da segunda estimativa, de 2,1%, mas
superou a expectativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones Newswires, de
1,9%.
O resultado representou uma desaceleração ante o
crescimento de 3,9% do segundo trimestre, mostrando uma queda no consumo
e nos gastos das empresas. O dado sugere que os EUA estão no caminho
para registrar um ano de crescimento razoável, mas que não impressiona,
com um mercado de trabalho firme, vendas de residências em nível forte e
crescimentos nos salários.
Por outro lado, a fraqueza em economias do
exterior, o dólar valorizado e os preços baixos do petróleo pesam sobre o
setor manufatureiro, a mineração e a energia no país, desencorajando
investimentos e exportações e gerando milhares de demissões nessas
áreas. A projeção mediana do Federal Reserve, o banco central
norte-americano, é que o PIB dos EUA avance 2,1% neste ano e 2,4% em
2016.
As revisões de hoje mostraram que os estoques das
companhias diminuíram mais que o anteriormente calculado. Outros
aspectos mostram, porém, que a demanda doméstica manteve o ritmo. Os
gastos dos consumidores foram mantidos em 3,0%, na taxa anualizada. Os
gastos das empresas em equipamentos avançou 9,9%, acima da estimativa
anterior de 9,5%. Os gastos gerais do governo aumentaram 1,8% no terceiro trimestre, um pouco acima do cálculo anterior de 1,7%.
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