quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Lula e Alckmin dizem que momento é de empresários investirem no Brasil

O Brasil está em um grande momento para que representantes do setor produtivo nacional e internacional confiem e façam investimentos. Essa foi a principal mensagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, a investidores que participaram, nesta terça-feira (7), do Brasil Investment Fórum, o maior fórum de investimentos da América Latina, realizado no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

O governo, por sua parte, garantirá estabilidade política, social, jurídica e fiscal. “Nós queremos garantir para vocês, também, a possibilidade de vocês colocarem a inteligência empresarial de vocês para que esse país cresça cada vez mais”, afirmou o presidente. 

Desde o início desta gestão, em janeiro, já foram abertos 56 novos mercados internacionais ao Brasil. “Isso vai acontecer porque o Brasil ganhou respeitabilidade no mundo”, afirmou o presidente.

No mercado interno, Lula reforçou o papel dos bancos públicos na oferta de financiamentos a longo prazo e com juros menores para ampliar a competitividade da indústria. E destacou o momento histórico que amplia as oportunidades ao Brasil diante da busca do mundo todo por soluções para transição energética. “Vamos fazer nossa revolução industrial e oferecer oportunidade aos outros que querem investir aqui”, afirmou.  

“Se depender da vontade do nosso governo, quem quiser fazer investimento para produzir carro verde, aço verde, bicicleta verde, carne verde, não precisa procurar. Tem um lugar chamado Brasil em que a natureza nos garante competitividade, nos garante sol, água, e nos garante a possibilidade de transformar o país no maior produtor de energia limpa e renovável do planeta.”

O vice-presidente e ministro Alckmin destacou o ano “surpreendente” que o país vive, apesar do momento de baixo crescimento no mundo.  Citou a queda do desemprego, o crescimento do PIB, a queda do Risco Brasil (27%, contra 13% na média de países emergentes), o câmbio sob controle e os juros em queda. “Dizem que a confiança é a forma mais barata de estímulo econômico”, afirmou.

Alckmin também listou ações que reforçam os avanços deste governo com foco no crescimento da economia, como o Novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), que traz importantes investimentos públicos e privados, a reforma tributária em vias de aprovação; e as linhas de financiamento do BNDES e FINEP voltadas à inovação, digitalização e pesquisa e desenvolvimento.

Para o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, que promove o evento, o Brazil Investment Forum tem o propósito de retomar o protagonismo do Brasil no mundo, que foi perdido nos últimos anos. “O trabalho que estamos fazendo na Apex é um trabalho de tentar levar o Brasil para o mundo inteiro. Com o conceito novo: é do Brasil, é sustentável é para o mundo todo”, resumiu.

O 6º Brasil Investment Forum segue com uma extensa programação até quarta-feira (8/11). O evento é uma parceria entre MDIC, ApexBrasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e governo federal.

Integrantes do governo e grandes nomes da iniciativa privada apresentam, sob a ótica de diversos setores, as oportunidades de investimento e o atual ambiente de negócios brasileiro, em novo contexto econômico e social.  Além de mostrar a diversidade de iniciativas que podem atrair investimentos no país, como aquelas oferecidas pelo PAC, os palestrantes discutirão temas como transição energética, desenvolvimento sustentável, inovação e tecnologia, agronegócio e negócios de impacto.

No espaço a seguir, registraremos os destaques dos painéis que contarão com a presença de porta-vozes do MDIC:

Durante o painel “O Brasil no Caminho do Futuro”, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira, afirmou que, no mundo pós-Covid, o conceito de soberania é que tem guiado as principais nações em suas políticas industriais, e que o Brasil deve seguir o mesmo caminho.

“A gente precisa avaliar o que o mundo está fazendo – os EUA, a Europa, a Ásia... Ter cadeias mais resilientes, mais fortes, é fundamental para uma palavra que direciona e coordena todas essas ações no mundo: que é soberania. E é isso que estamos buscando. Não queremos transformar nosso potencial verde numa neocolonização verde. O Brasil não quer exportar o lítio apenas, mas produzir a bateria elétrica. O Brasil quer ter capacidades nacionais desenvolvidas”, disse.

Para crescer de forma sustentável e a longo prazo, segundo Moreira, é fundamental pensar em mecanismos e políticas que elevem a taxa de investimentos na economia brasileira. “Nesse sentido, as parcerias concebidas pelo PAC, com investimentos de R$ 1,7 trilhão, serão fundamentais para que a gente avance nos próximos anos, promovendo um processo de inserção social nos benefícios da riqueza produzida pelo país”.

Participaram desta painel, ao lado de Uallace,  a vice-presidente de países do BID,  Anabel González, o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Johannes Zutt; o CCO Citi Brazil, Marcelo Marangon; e o economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale. A mediação foi do chefe de redação do Valor Econômico, Fernando Exman.

 

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