As exportações de açúcar em contêineres pelo Porto de Paranaguá cresceram do ano passado para 2023, como alternativa aos embarques em navios graneleiros. O TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá) movimentou entre janeiro e setembro 66,7 mil toneladas do produto em 2.564 teus, volume 56 vezes maior que o registrado em igual período do ano anterior.
O coordenador comercial do terminal, Felipe Cezario de Andrade, entende que o aumento expressivo nos embarques de açúcar por contêiner é reflexo de um conjunto de situações: a ausência da Índia no mercado internacional, a consequente valorização do açúcar em dólar e a queda nos custos logísticos do transporte em contêineres.
“No cenário atual, já não há tanta restrição em relação aos contêineres. Se pegarmos um histórico de preços, de mais de US$ 3 mil no ano passado, ele caiu para menos de US$ 1 mil este ano”, diz. Embora os preços do frete graneleiro tendam a acompanhar os do transporte por contêiner, a desvalorização tem sido mais brusca na segunda modalidade, observa o coordenador comercial do TCP.
Por outro lado, o preço médio de exportação do açúcar brasileiro saltou de US$ 392 a tonelada no primeiro semestre do ano passado para US$ 480 este ano, alta de 22,5% de acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior compilados pelo Ministério da Agricultura. A valorização acompanhou a menor disponibilidade no mercado internacional após a Índia, segundo maior produtor depois do Brasil, restringir suas exportações a fim de garantir o abastecimento no mercado interno.
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