As tratativas para a organização da ação estão sendo feitas entre a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária de Santos e coordenadora do PAM) e o Exército. “Eles têm expertise nesse tipo de evacuação de grande monta, com a população do entorno de áreas de grande risco, devido à experiência (com as usinas nucleares) de Angra dos Reis (RJ). Nossa intenção é fazer um grande simulado para evacuar um bairro próximo ao Porto”, afirmou o diretor presidente da Docas, José Alex Oliva.
A ideia é que esse exercício seja implantado como parte do PAM. E será executado após a população do entorno selecionado receber informações sobre como deva agir em situações de emergência.
O anúncio dessas simulações foi feito por Oliva na manhã de ontem, durante a reunião de apresentação do PAM aos terminais portuários e à comunidade, quando também ocorreu a nomeação dos coordenadores do plano.
O próximo passo do grupo é definir as principais rotas de fuga e de acesso aos locais de emergências na área portuária, que deve ajudar o deslocamento das equipes de brigadistas durante as ocorrências. Essa determinação deve acontecer nos próximos dias.
A retomada do curso de combate a incêndio em navios também fez parte da relação de anúncios da reunião de ontem. A capacitação, que deixou de ser realizada em 1998, está prevista para começar no início do próximo mês. Haverá aulas teóricas – para todos os integrantes do PAM – e práticas – que devem reforçar os procedimentos de emergência para um grupo de bombeiros.
Outro ponto apresentado foi o Sistema de Gestão Integrado de Prevenção, Preparação e Reposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos na Baixada Santista, criado pelo Governo do Estado na semana passada.
“Em menos de um ano e meio tivemos três eventos que colocam a região em um cenário de risco. Desde agosto, a Defesa Civil estadual começou a trabalhar para melhorar a resposta aos acidentes na Baixada Santista”, explicou o tenente coronel Eduardo Nocetti Holms, do 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros.
Para o promotor do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, Daury de Paula Júnior, que esteve presente na reunião, o reforço nas medidas de segurança são fundamentais. “Esses eventos precisam ter a menor duração possível. Quanto mais demorado é o combate, quanto menos eficaz é a ação, maiores serão os danos. E não apenas para a sociedade, mas também para a economia, já que estes incidentes paralisam as atividades no Porto”, avalia.
Com o objetivo de ajudar o PAM, o promotor garantiu ao público, que lotou o auditório da Codesp, que está tentando converter os valores de possíveis indenizações do incêndio da Ultracargo em equipamentos para a Brigada de Incêndio da Codesp e para o Corpo de Bombeiros.
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