Falando
em nome dos governadores que se reuniram com Temer, o vice-governador
de Santa Catarina enfatizou ser necessário que as empresas do ramo de
produção de carne sejam comandadas por pessoas que conheçam toda a
sistemática do setor. “Há empresas com forte participação de fundos de
pensão. Isso, às vezes, politiza um pouco a direção das empresas. É
fundamental que empresas do setor sejam dirigidas por pessoas do ramo,
que entendam como se produz carne bovina, suína e de aves, desde o
início, com sistemas integrados e com os cuidados com as parcerias
dessas empresas.”
O vice-governador catarinense citou como
exemplo de empresa que recebe esse tipo de influência a BRF, dona das
marcas Sadia e Perdigão. “Se você vai na BRF você tem Previ, tem Petros
[fundos de pensão]. As grandes empresas do Brasil hoje têm participação
importante e decisiva [de fundos como esses] nos conselhos. É claro que
fazem isso porque investiram. Mas uma empresa que produz carne tem de
ser tratada [de modo] diferente de uma empresa que produz aço. Por isso,
as pessoas têm de ser do ramo, para entender toda essa sistemática,
porque ela é complexa”, argumentou Pinho Moreira.“Nós sabemos que as consequências de uma administração não exitosa traz muito desemprego”, acrescentou o vice-governador catarinense, em meio a elogios a alguns projetos em tramitação no Congresso Nacional, que definem novas regras para a gestão dos fundos de pensão das estatais.
Na reunião, os governadores e o presidente Temer conversaram sobre as medidas que vêm sendo tomadas para gerenciar o impacto da Operação Carne Fraca, que investiga fraudes na investigação de frigoríficos, nas exportações. O vice-governador de Santa Catarina elogiou a rapidez nas ações, mas entende é necessário manter a atenção. "O governo agiu rápido, mas o processo não está sanado e depende ainda de muitas ações", declarou Pinho Moreira.
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