A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(Bndes), Maria Sílvia Bastos Marques, disse nesta quarta-feira (5) que a nova linha de
financiamento da instituição para exportação de soluções e produtos na
área da defesa terá US$ 35 bilhões nos primeiros 20 anos, com
possibilidade de ampliação de acordo com a demanda.
A nova linha
de crédito para o setor foi anunciada pelo ministro da Defesa, Raul
Jungmann, na abertura da Feira de Defesa e Segurança LAAD 2017, no Rio
de Janeiro. A Feira
LAAD Defesa e Segurança 2017 reúne fornecedores de equipamentos,
serviços e tecnologias para as Forças Armadas e forças policiais Segundo
Maria Sílvia, a medida vai dar competitividade aos produtos brasileiros
da indústria de defesa em concorrências internacionais, em um mercado
em que a articulação é importante, já que os negócios são feitos
diretamente pelos governos e não por empresas
O Bndes vai
flexibilizar suas linhas de financiamento de acordo com as licitações
que forem realizadas, podendo atingir até 100% de participação no
empréstimo. Os prazos para pagamento são longos, de 25 anos, com
carência de 5 anos e flexibilização de mecanismos de garantia, de acordo
com a presidente do banco. A taxa de juros ainda não foi definida. Segundo Maria Silvia, o cargueiro aéreo KC390, produzido pela Embraer, é um produto financiável por essa nova linha.
O
superintendente da área de Exportações do Bndes, Leonardo Pereira,
disse que a nova linha vai permitir ao Brasil participar de
concorrências internacionais em igualdade de condições com os demais
países. “Vai tentar oferecer as mesmas condições de spread (diferença
entre o que o banco paga ao tomar um empréstimo e o que ele cobra ao
conceder um empréstimo), prazos, demanda de garantias, para a gente
fazer um matching dessas concorrências.”
Segundo
Pereira, a área da defesa exige uma flexibilização nas condições de
financiamento porque envolve volumes muito elevados e de alto valor
agregado e, “geralmente, envolve dívidas soberanas”.
A exportação
na área da defesa envolve sistemas de monitoramento, integração, de
segurança e bens. Segundo o superintendente do Bndes, são mercados
promissores a América Latina, África, alguns países europeus e a Ásia.
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