O Complexo Portuário de Itajaí fechou o primeiro trimestre de 2017, com
base final no mês de março, apresentando um registro oficial de 76
escalas, sendo totalizada a movimentação de 977.075 toneladas. Na movimentação acumulada dos três primeiros meses deste ano, foram
realizadas para 237 escalas, com 2.963.051 toneladas verificando-se um
crescimento de 7% na movimentação total de cargas em relação ao mesmo
período do ano anterior, em que foram realizadas 228 escalas, com
2.757.809 toneladas.
Segundo informações da Gerência de Operações, quanto ao número de
escalas realizadas houve um crescimento de 4% em relação ao mesmo
período do ano anterior. Na movimentação total do complexo no segmento de cargas contêinerizadas
no mês de março foram registrados 88.400 teus com 903.487 toneladas,
elevando a movimentação acumulada do ano para 266.068 TEU’S com
2.733.454 toneladas verificando-se um crescimento de 8% em relação ao
mesmo período do ano anterior que registrou 246.528 teus com 2.534.774
toneladas.
O assessor de direção da Superintendência do Porto
de Itajaí, Hélder Cassiano Moritz, destacou que mesmo enfrentando um período de crise econômica,
o complexo apresentou condições operacionais favoráveis e possivelmente
segue uma tendência de crescimento até o final de 2017 entre 10% a 12%.
Outro fator em específico que poderia elevar ainda mais os números, diz
respeito à falta de movimentação operacional nos berços 03 e 04 que
ainda se encontram em obras.
“Os números indicam que durante esse
primeiro trimestre de 2017 nós tivemos uma recuperação em nossas
movimentações e apresentamos uma evolução em relação ao mesmo período de
2016. Em movimentação de cargas e escalas, APM Terminals, Portonave,
Teporti e Braskarne demonstraram crescimento. Se nós tivermos no segundo
semestre o retorno do berço 03, o indicativo poderá ser ainda maior
devido à demanda de cargas”, lembrou Héder.
Na comparação da movimentação total de contêineres do complexo no
período de abril de 2016 a março de 2017 (últimos 12 meses) verificamos
que foram movimentados 1.121.728 teus com 11.177.761 toneladas
observando-se um crescimento de 13% em relação ao período de abril de
2015 a março de 2016 quando foram movimentados 988.573 teus com
10.206.936 toneladas.
Para o Superintendente do Porto de Itajaí,Marcelo Werner Salles, o
trimestre está demonstrando um percentual equilibrado, mesmo diante da
crise financeira que o país se encontra e vê com otimismo o crescimento
do complexo para o ano em curso, “O próprio relatório de estatísticas
demonstra um crescimento na área da APM Terminals, do porto público em
10%, o que é significativo, porque infelizmente nos últimos períodos,
nós viemos sempre tendo posições de perdas de cargas no porto devido à
falta de infraestrutura disponível e consequentemente a Portonave se
destaca, mas ao mesmo tempo a APM Terminals vem recuperando movimentação
de cargas em Itajaí. Chegar a 10% nas operações da área pública, até o
final deste ano, será uma vitória, e 08% de crescimento no complexo,
estão muito acima de todos os índices em relação aos outros portos
públicos do Brasil que não cresceram”, reforçou ele.
No mês de março, o complexo portuário de Itajaí, como outros
portos do país, sofreu as consequências da
Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Nos terminais de Santa Catarina, principalmente em
Itajaí, a greve dos caminhoneiros autônomos também impactou nas
atividades portuárias registrando possíveis quedas na movimentação de
cargas.
“Neste primeiro momento, durante a greve dos caminhoneiros, não tivemos
perdas, pois essas cargas acabaram sendo movimentadas, principalmente
na retirada das importações em que as cargas podem ter sofrido um
atraso, porém foi movimentada nos navios. Sobre a Operação Carne Fraca, é
interessante e cabe uma análise. Se verificarmos o rendimento através
das condições operacionais no mês de março, principalmente no seguimento
de carnes e frangos congelados, chegou-se a conclusão que não houve
esse reflexo negativo. Por incrível que pareça foram os meses em que
melhor tivemos movimentação destes seguimentos. É bem provável que esse
aspecto seja apresentado à partir deste mês de abril em curso e no mês
de maio. As cargas que foram movimentadas no mês de março, já estavam
negociadas ou seja, vendidas e foram embarcadas sem nenhuma interrupção
de embarque”, destacou Heder Moritz.
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