Um “caminhonaço” vai percorrer 50 quilômetros da BR-290 a partir
das 10h dessa terça-feora (5), partindo da unidade da General Motors (GM) de
Gravataí (RS) até o trevo próximo à entrada do Aeroporto Salgado Filho na
entrada de Porto Alegre.
A manifestação, que deve reunir ao menos 60 caminhões-cegonha, é
liderada pelo Sindicato das Pequenas e Micro-empresas de Transporte de
Veículos do Rio Grande do Sul (Sintravers). O objetivo é exigir
reajustes nos valores de frete e melhores condições de trabalho para os
cegonheiros, motoristas responsáveis pelo transporte dos automóveis. O
ato se encerra com o retorno dos caminhões até a fábrica da GM.
Em nota, o presidente do Sintravers, Silvio Dutra, explicou que “a
margem de lucro das transportadoras que terceirizam o deslocamento da
produção de carros que sai da planta de Gravataí para ser distribuída no
País tem ocorrido em detrimento dos proprietários de
caminhões-cegonha”.
Ainda segundo Dutra, as empresas exigiram investimentos dos
motoristas nos últimos dois anos, fazendo com que estes adquirissem
novos veículos para atender as demandas de transporte dos automóveis.
A
expectativa da Fenabrave em 2014 era que nesse ano a produção chega-se a
casa dos 4 milhões de unidades, mas segundo o presidente do sindicato, o
número não atinge nem 2 milhões atualmente. “Estamos com equipamentos
ociosos e sob pressão das instituições financeiras, que solicitam o
pagamento da frota adquirida – que representa 40% das 3,8 mil carretas
que disponibilizamos para atender às transportadoras de logística.”
informou Dutra por meio de nota.
O presidente do Sintravers acredita que a retomada da produção
pelas montadoras e a liberação de crédito para o consumo pelo governo
pode reverter o atual quadro. Ele ainda diz que os contratos estão
desatualizados em torno de 20%, o que justifica a manifestação do setor.
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