A General Motors decidiu nesta quarta-feira (6) estender por 30
dias o lay-off (suspensão de contratos) de 1,2 mil funcionários da
fábrica de São Caetano do Sul (SP) que venceria hoje. A unidade emprega
9,8 mil trabalhadores, incluindo pessoal administrativo.
Com a nova prorrogação, a montadora continuará negociando com o
Sindicato dos Metalúrgicos local alternativa para evitar que o grupo
seja demitido. "Podem ocorrer apenas demissões isoladas nesse período",
disse Aparecido Inácio da Silva, presidente da entidade.
Em nota, a GM informou que "continua empenhada em negociar uma
solução com o sindicato que leve em conta a situação desafiadora por que
passa a indústria automotiva". Ressaltou que a solução "passa pelo
entendimento de que o mercado esperado para este ano é quase 50% menor
do que aquele verificado ao final de 2013, o que exige uma readequação
da produção e da estrutura da empresa no País."
Nas últimas semanas, as duas partes negociaram a manutenção do
grupo por pelo menos mais cinco meses, mas não houve acordo. A GM queria
em troca congelar os salários nominais neste ano - e pagar o reajuste
da inflação em forma de abono -, reduzir o pagamento adicional para
trabalhos noturnos e acabar com a estabilidade de emprego para quem
adquirir doença profissional. O último item não foi aceito pelo
sindicato.
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