As tarifas de frete dos maiores navios globais
não estão cobrindo nem um quarto do custo das suas tripulações por causa dos preços das commodities e da demanda, que estão muito baixos. O canário é ruim, apesar das movimentações de embarcações aparentemente em expansão e
terminais de minério de ferro do Brasil e da Austrália embarcando milhões
de toneladas a cada mês em navios pelo longo das costas da China,
Cingapura e até Grécia com pouca espera.
A perspectiva é sombria e
para o mercado a melhor alternativa ainda é fazer negócios para não
correr o risco de perder participação no mercado. De acordo com Simon Francis, fundador da G-Ports, empresa que monitora
filas de navios esse “é um cenário bizarro e não parece haver tanta
espera por cargas apesar de o setor estar ‘de joelhos'”.
Na construção de navios, o comércio combinado de carvão e minério de
ferro caminha para dois anos seguidos de contração. Segundo projeções de
analistas e números do setor compilados pela Bloomberg, quase todos os
tipos de transportadoras de commodities ficarão sem lucro neste ano e
ganharão quase nada em 2017.
O levantamento mostra que a crise atual é causada pela explosão da
construção de navios que duplicou a capacidade da frota no período de
sete anos até dezembro, que incluiu um mercado otimista quanto aos
preços das commodities devido ao aumento da demanda global.
Os armadores aumentaram as encomendas de navios novos quando as taxas
atingiram um nível recorde de 2007 a 2009, apostando que o crescimento
econômico próximo de dois dígitos da China daquela época continuaria. No
final a aposta foi ruim, em vez de acelerar, a segunda maior economia
do mundo está crescendo ao menor ritmo em 25 anos.
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