A Comissão de Ética Pública da Presidência da República abriu
processo para investigar a conduta do ministro dos Transportes, Portos e
Aviação Civil, Maurício Quintella. Ele será investigado por ter,
supostamente, usado para administrar as redes sociais pessoais do
ministro uma empresa de comunicação contratada pelo ministério.
O
ministro ainda não foi comunicado oficialmente, embora a Comissão de
Ética tenha informado seu gabinete sobre a abertura do processo. Assim
que Quintella for oficiado pela comissão, terá dez dias corridos para
apresentar defesa. A empresa também terá o mesmo prazo para prestar
esclarecimentos.
“A utilização de recursos, seja humanos ou
materiais, da administração [pública] em proveito próprio constitui ato
de improbidade administrativa. Trata-se de, em tese, uma conduta de
gravidade e por essa razão a comissão tem que apurar. Observando e
respeitando a presunção de inocência em relação a quaisquer acusações”,
explicou Mauro Menezes, presidente da comissão.
Procurado o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil não se posicionou sobre o caso.
Caso entenda que houve infração ética
por conta de um agente, a comissão pode aplicar desde uma advertência
até recomendar a exoneração do agente. A recomendação é feita ao chefe
do Executivo Federal, o presidente da República. Cabe a ele acatar ou
não a recomendação da comissão.
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