Há quase duas semanas submersos, 38 dos 46 contêineres que caíram do navio Log-In Pantanal permanecem
no fundo do mar da Barra de Santos. Mas isto deve ser alterado em
breve. O Ibama irá notificar a armadora Log-In, proprietária do
cargueiro, a resgatar os objetos no prazo de 30 dias, além de informar a
destinação de cada um deles.
A informação foi dada pela agente ambiental federal
do escritório regional do Ibama Ana Angélica Alabarce, que acompanha o
caso desde seu início. Segundo ela, além destes que afundaram no momento
do acidente, outros oito flutuaram e se dispersaram. Até o momento,
sete foram localizados e retirados do mar.
Cerca de 3 kg de lixo foram encontrados em Ubatuba e Caraguatatuba (Foto: Divulgação) |
Para tentar localizar os produtos que estavam no interior dos contentores – parte dessa carga chegou a praias do Litoral Norte
– desde seu início, a Log-In já utilizou quatro embarcações, um
helicóptero e um aparelho de mapeamento do fundo do mar, o side scan. A
equipe tem mais de 50 pessoas envolvidas na operação, contando com
técnicos que vieram dos Estados Unidos para dar apoio aos serviços.
Com
isso, cerca de 47 quilômetros quadrados submarinos foram escaneados –
uma área equivalente a mais de seis vezes o espaço ocupado pelo Porto de
Santos – e 18 contêineres localizados. “Agora, eles estão ampliando o
número de mergulhadores para que comecem a planejar a retirada destes
que foram encontrados”, afirmou Ana Angélica Alabarce.
Logo
após o acidente, o navio Log-In Pantanal atracou em um dos berços da
Libra Terminais, na Margem Direita do Porto de Santos. Na instalação, os
contêineres que foram danificados durante o acidente começaram a ser
removidos. Até a última terça-feira, 22 já haviam sido retirados.
Depois
de sair de um terminal do Porto de Santos, no dia 10 deste mês, o
Log-In Pantanal aguardava no fundeadouro 3 (área na costa de Guarujá
onde os navios esperam uma vaga no cais) autorização para atracar em
outra instalação. Entre 1 hora e 2h50 do dia 11, com a forte agitação do
mar e ondas que ultrapassavam os quatro metros, contêineres que estavam
no convés da embarcação caíram no mar. Parte deles acabou afundando no
local, mas oito flutuaram e se espalharam pela costa da Baixada
Santista. Naquele e nos dias seguintes, eles acabaram recolhidos nas
orlas de Guarujá e São Vicente.
Com
a queda, alguns contêineres que caíram acabaram abertos e os produtos
que transportavam se espalharam pelo mar. Isso levou moradores da região
a ir ao local com barcos e pegar os artigos - o que foi combatido pelas
autoridades policiais. Entre as cargas recolhidas da água, estavam
mochilas, bicicletas (avaliadas em mais de R$ 12 mil) e aparelhos de
ar-condicionado.
A
Capitania dos Portos de São Paulo, órgão da Marinha que fiscaliza a
segurança da navegação no complexo marítimo, instaurou um inquérito
administrativo para apurar as causas e as responsabilidades pelo
acidente. A previsão é de que esse processo seja concluído em 90 dias -
em meados de novembro. O Ibama aguarda a conclusão da apuração da
Autoridade Marítima para avaliar quais penalidades serão aplicadas à
armadora Log-In.
Nenhum comentário:
Postar um comentário