A VLI, empresa especializada em operações logísticas que integram
ferrovias, portos e terminais, registrou em julho um novo recorde no
transporte de produtos no Corredor Centro-Sudeste, equivalente a 1,016
bilhão de TKU (toneladas por quilômetro útil, uma medida de eficiência
que multiplica o volume de carga pela distância percorrida). A marca
corresponde 1,418 milhão de toneladas transportadas. Os números
ultrapassam os marcos alcançados em junho, quando foram movimentadas
908,586 milhões de TKU ou 1,395 milhões de toneladas.
O Corredor Centro-Sudeste é uma importante rota de escoamento de
granéis agrícolas, além de produtos como combustíveis e minerais. Esse
sistema logístico interliga importantes regiões produtoras de grãos e
açúcar do país, como Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais até terminais
intermodais no Triângulo Mineiro e interior de São Paulo. Nos terminais,
é realizado o transbordo das cargas dos caminhões para os trens, que
seguem pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) até o complexo portuário de
Santos.
O recorde pode ser atribuído, principalmente, à safra recorde de
grãos – das 1,4 milhão de toneladas movimentadas pelo corredor, 995 mil
toneladas foram de produtos agrícola, como soja, milho e açúcar com
destino à exportação. O gerente geral comercial da VLI Igor Figueiredo
lembra que a VLI se preparou para oferecer capacidade à exportação do
agronegócio brasileiro com a construção dos terminais intermodais de
Uberaba (MG) e Guará (SP) e a expansão do Tiplam, terminal portuário da
empresa em Santos. “Esse marco não teria sido alcançado sem o início das
operações de exportação do Tiplam, um investimento da VLI de mais de R$
2 bilhões. Estamos adicionando à Baixada Santista uma capacidade de 9,5
milhões de toneladas anuais para exportação agrícola e mais 5 milhões
para importação de fertilizantes e enxofre”.
Outros números da performance do corredor chamam atenção. Mais de 670
trens que circularam em julho e cerca de 200 mil vagões foram
carregados de produtos. De forma comparativa, seriam necessárias 47 mil
viagens de caminhões para transportar o mesmo volume. “Além da expansão
do Tiplam e da construção dos terminais, estamos investindo em todo o
sistema integrado, comprando novas locomotivas e vagões, realizando
obras de modernização na linha férrea e ampliando oficinas de
manutenção. Estamos prontos para escoar as próximas levas da safra de
milho e açúcar”, ressalta Figueiredo. Ao todo cerca de R$ 4 bilhões
estão sendo investidos na infraestrutura do Corredor Centro-Sudeste.
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