O Terminal de Açúcar de Suape, também chamado de Agrovia do Nordeste,
foi contemplado no pacote federal. O empreendimento instalado no cais 5
do porto pernambucano, em uma área de 72,5 mil metros quadrados,
recebeu autorização para novos investimentos na ampliação de sua
capacidade, atualmente de 750 mil toneladas de açúcar. A assinatura de
um aditivo está prevista para o segundo trimestre do próximo ano.
O projeto de expansão já era uma intenção do consórcio responsável
pelo terminal, formado pela Odebrecht Transport, com 75% de participação
acionária e a Agrovia, que detém 25% das ações. As empresas tentavam
vencer entraves burocráticos para levar o plano à frente, entre eles
conseguir a autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq).
“Com a inclusão no PPI, os caminhos estão abertos", avaliou o
vice-governador e secretário de Desenvolvimento do Estado, Raul Henry.
De acordo com ele, estão previstos R$ 60 milhões em investimentos para
ampliação física, novos equipamentos e preparação da estrutura para a
movimentar, além do açúcar, grãos, como a cevada e o trigo. Empresas do
polo cervejeiro, na Mata Norte do Estado, têm especial interesse na
movimentação de cevada - um dos ingredientes da bebida - no porto. Já a
movimentação de trigo atende tanto a indústria alimentícia local, como
pode atrair novos investidores para o Estado.
Do lado da produção açucareira, o presidente do Sindicato do Açúcar e
do Álcool (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, avaliou que a ampliação do
terminal é prova de que as exportações da commodity seguem bastante
estimuladas por compradores internacionais. “A produção açucareira do
Nordeste pode ser escoada via porto de Suape e do Recife. Suape tem se
caracterizado muito por importações. É preciso maior maturidade com
exportações”, apontou.
O terminal Agrovia do Nordeste começou a operar no fim do ano
passado. O contrato de arrendamento entre o consórcio e o porto é válido
por 25 anos.
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