O encontro ocorreu na sede do Ministério de Economia italiano, em Roma, mas não conseguiu solucionar o impasse entre os dois governos. A nacionalização do estaleiro foi anunciada pelo gabinete do presidente Emmanuel Macron na última quinta-feira (27), sob justificativa de "defender os interesses estratégicos da França".
A STX France pertencia a uma companhia sul-coreana homônima que acabou quebrando, mas a estatal naval italiana Fincantieri tinha um acordo para comprar 66,6% das ações do estaleiro. O pacto havia sido acertado durante o mandato de François Hollande, mas foi rompido pela decisão de Macron.
Segundo Le Maire, o objetivo de Paris é criar com Roma uma "Airbus naval", em referência à gigante da aviação que é dividida entre França, Alemanha e Espanha. "O objetivo é construir com a Itália um grande grupo industrial europeu no setor naval, civil e militar", declarou o ministro.
Os países seguirão negociando até 27 de setembro, quando o presidente Macron terá um encontro com o primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni. De acordo com a imprensa francesa, o chefe de Estado quer renegociar o acordo com a Fincantieri porque Roma controlaria o único grande estaleiro do país, considerado "estratégico" pelo Palácio do Eliseu.
Além disso, Macron teme que a gestão italiana cause demissões e aumente a resistência contra a reforma trabalhista que ele pretende apresentar em breve.
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