As exportações do agronegócio brasileiro foram de US$ 8,35 bilhões
em março de 2016, com crescimento de 5,9% em relação a março de 2015. A
cifra é recorde da série histórica para os meses de março. O maior valor
exportado para o mês havia ocorrido em março de 2104, quando as
exportações atingiram US$ 7,97 bilhões. Os dados são da balança
comercial do agronegócio divulgada hoje (8) pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
As vendas externas do segmento no mês responderam por 52,2% do total do país. No mesmo período de 2015, o percentual foi de
46,4%. "Em março, estamos comemorando uma participação inédita do setor
do agronegócio nas vendas totais do Brasil. Essa participação é inédita
da série histórica", disse a secretária de Relações Internacionais do
Agronegócio do Ministério da Agricultura, Tatiana Palermo. A série
histórica foi iniciada em 1997. Enquanto as exportações aumentaram, as importações diminuíram de
US$ 1,41 bilhão em março de 2015 para US$ 1,16 bilhão em março de 2016.
O complexo soja foi o principal setor exportador em março. As
vendas externas da soja em grãos foram de US$ 2,92 bilhões, com expansão
de 32% em relação a março de 2015. As carnes apareceram na segunda
posição entre os principais setores exportadores. O setor exportou US$
1,24 bilhão, o que significou expansão de 5,4% em relação a US$ 1,17
bilhão exportado em março de 2015. A principal carne exportada pelo
Brasil foi a de frango.
Houve aumento de 42,9% em março de 2015 para 47,5% em março de 2016
da participação da Ásia nas exportações brasileiras do agronegócio. A
balança comercial do agronegócio mostra que o Oriente Médio expandiu as
aquisições de produtos do agronegócio brasileiro em 46,3% entre março de
2015 e março de 2016, vindo a ocupar a terceira posição entre os blocos
ou regiões geográficas para as quais o Brasil exporta.
Entre janeiro e março de 2016, as exportações do agronegócio
atingiram US$ 20,03 bilhões, com crescimento de 8,7% em relação aos US$
18,43 bilhões exportados no mesmo período do ano anterior.
Os dados positivos do setor se devem a uma conjunção de fatores
como o câmbio e a abertura de novos mercados, explicou a secretária
Tatiana Palermo.
"Nossas exportações cresceram muito em valor, isso foi
devido ao aumento dos volumes exportados em função do câmbio, da
abertura de novos mercados. Nossos produtos ficaram mais competitivos,
conseguimos exportar muito mais em volumes, o que compensou a queda de
preços internacionais e o resultado final em valor foi muito positivo", relatou.
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